PDV dos Destinos
O quarto estava coberto de ferrugem. Um oceano rugidente se enfurecia abaixo dos penhascos onde o quarto estava situado, e do oceano, todos os cheiros do cosmos se espalhavam. Risadas soavam pelas paredes como o zumbido da eletricidade, e a segui-las, como crianças em brincadeira, vinha a morte.
O mais jovem sentou-se primeiro — sempre o primeiro a chegar, sempre o mais rápido. Ainda não haviam aprendido que em todas as coisas, o tempo é o julgamento de tudo. Não haviam ainda percebido que eram sujeitos a ele, e que ele tinha todo o poder sobre eles. Mas aprenderiam.
O mais velho juntou-se por último, lento como a ferrugem que se alastrava pelas paredes — lento como as ondas sob o quarto em que agora todos estavam sentados. Musgo crescia em algum lugar úmido e quente, lesmas arrastavam-se pela mesa onde todos se sentavam ao redor, e nenhum deles olhava um para o outro.
Não conseguiam, mesmo que quisessem, porque nenhum deles tinha olhos.