Mãe e Filha (2)

Aeliana nunca odiou sua mãe por poupar sua vida e fazê-la sofrer no inferno por três anos. Na verdade, ela a amava profundamente.

No entanto, o ressentimento acumulado em seu coração a impedia de expressar seus verdadeiros sentimentos.

Tais sentimentos a tornavam suave, fraca e vulnerável – algo que ela não precisava se quisesse se manter forte e suportar o tormento infernal trazido pela sua forma de Abominação.

Ela pensou que tinha descartado esses sentimentos, mas eles voltaram como água corrente após a abertura das comportas.

Aeliana não tinha certeza se seu estado atual também fazia parte do arranjo de seu Senhor, mas ela estava grata a ele.

Sem as instruções de seu Senhor, ela não teria visitado sua mãe e despertado suas emoções seladas.

Ao mesmo tempo, ela percebeu que sentia muita falta de sua mãe.

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