Assinatura de Contrato

"Grande Irmão, por favor, torne-se meu seguidor," Lily disse com os olhos brilhantes.

William tinha certeza de que, se ele não tivesse conseguido ver a verdadeira forma da Deusa Loli, ele poderia ter concordado prontamente com o pedido dela.

"D-Desculpe, mas eu não estou interessado!" William olhou ao redor desesperado. Ele olhou para o seu Irmão Issei em busca de ajuda, mas este apenas acenou com a cabeça sorrindo.

"A Deusa Loli também é uma boa escolha, Irmão," Issei comentou. "Algumas das minhas amantes são lolis. Não são apenas fofas e adoráveis, mas também são muito leais!"

Lily deu a William um grande sorriso. "Grande Irmão, venha, escolha-me como seu Deus Patrono. Eu prometo que você não vai se arrepender. Lembre-se, prisão é só mais um quarto. O que os olhos não veem, o coração não sente!"

Vendo que seu irmão jurado estava em conluio com a Vovó Loli, o olhar de William se voltou para o único Deus que nunca o deixou desde o dia em que ele entrou no templo.

"G-Gavin! Por favor, me ajude!" William implorou.

"Por que eu deveria ajudar você? Lily é uma boa Deusa." Gavin deu um sorriso malicioso. "Vocês dois são um par feito no Céu."

"Exato! Nós dois somos um par feito no Céu!" Lily acenou com a cabeça, feliz da vida.

William sentiu que seu corpo estava lentamente ficando dormente. Talvez fosse pela reação do seu corpo à Deusa Loli, ou talvez pelo fato da essência divina que Lily estava liberando proximamente a ele.

Desesperado, William usou um trunfo para garantir sua segurança.

"Gavin, se você me ajudar então eu prometo me tornar seu seguidor!" William rugiu.

Lily ficou surpresa com a decisão de William. Essa foi a primeira vez que isso aconteceu com ela. A maioria das pessoas que entrava no templo sempre concordava em assinar um contrato com ela no momento em que ela agia de forma fofa e pegajosa.

Nunca passou pela cabeça dela que suas ações tinham forçado William a um beco sem saída.

"Você ouviu ele, Lily," Gavin interveio e afastou a pequena loli do corpo rígido de William.

"Che!" Lily fez bico.

Depois de ser liberto da Vovó Loli, William finalmente conseguiu relaxar. Ele respirou fundo algumas vezes para se recompor antes de olhar para Gavin com olhos gratos.

"Me dê o contrato," William disse. "Eu vou assiná-lo."

Gavin não fez nada e simplesmente olhou para William com uma expressão séria. Ele realmente queria dar o contrato ao jovem, mas não queria forçá-lo também. O Deus de Todos os Ofícios sabia que tinha jogado sujo para obter a promessa de William e se sentiu muito culpado.

"Qual a pressa?" Gavin pigarreou. "Seria melhor se falássemos sobre isso enquanto comemos algo bom."

"Parece uma ótima ideia." Issei concordou com a cabeça. Ele sentia que algo estava errado, mas decidiu apenas seguir o fluxo por enquanto.

"Eu vou também!" Lily não queria ficar de fora, então decidiu seguir eles.

Gavin levou William e os outros dois Deuses ao restaurante mais popular dentro do Templo. Este restaurante era gerenciado pessoalmente pelo Deus da Culinária.

A língua de William quase derreteu quando ele deu sua primeira mordida.

"D-Delicioso!" William estava maravilhado e devorou a comida no seu prato com voracidade.

Embora já estivesse morto, a comida fez ele lembrar do tempo em que ia dormir com fome. O orfanato não tinha muitos recursos e a comida era limitada. Ele frequentemente compartilhava sua refeição com seu irmãozinho e irmãzinhas para que eles não sentissem tanta fome.

Os três Deuses pegaram um vislumbre dessa triste memória e pediram que mais comidas fossem trazidas à mesa deles. Eles olharam para o garoto com olhos piedosos e decidiram deixá-lo comer uma vida inteira de comida deliciosa.

Após a refeição terminar, William afagou sua barriga inchada com contentamento.

"Essa foi a melhor," William disse enquanto fechava os olhos satisfeito.

"Você quer mais?" Gavin perguntou. "Podemos sempre pedir mais."

"Obrigado, mas já estou satisfeito."

"Certo. Se você diz."

William olhou ao redor do restaurante. A maioria dos clientes eram Deuses. Ele concluiu que a maioria dos Escolhidos já havia escolhido seus Deuses Patronos e entrou em seu ciclo de reencarnação.

"Gavin, você pode me contar quais são os deveres de um seguidor?" William coçou a bochecha envergonhado. "Eu não entendo muito bem essas coisas. Há algo que eu devo fazer em troca de sua bênção?"

"Antes disso, deixe eu falar mais sobre mim." Gavin decidiu ser honesto. Ele queria que William o escolhesse por vontade própria e não porque foi forçado. "Depois da minha explicação, você pode decidir se quer me escolher para ser seu Deus Patrono ou não."

William ficou surpreso com a postura de Gavin. No fim, ele decidiu acenar com a cabeça e ouvir a explicação do Deus.

Vendo que William estava lhe dando toda a sua atenção, Gavin começou sua explicação.

"Como você já deve saber, meu lema é Jack of all Trades, Mestre de Nenhum. Assim como seu bom Irmão, Issei, no momento em que você assinar meu contrato, então você receberá minha bênção. Minha bênção funciona assim, você terá um aumento de vinte por cento na experiência que você ganhará quando aumentar o nível da sua classe de trabalho."

"Classe de trabalho? Tipo em jogos?" William perguntou. Ele já tinha jogado RPGs antes e estava bastante familiarizado com o conceito de níveis. O garoto também tinha lido muitos romances sobre cultivação e jogos virtuais, então foi fácil para ele entender a explicação de Gavin.

"Sim. Esse é o primeiro benefício de se tornar meu seguidor." Gavin assentiu com a cabeça em confirmação. "O segundo benefício é que você ganhará um ponto de habilidade extra sempre que sua classe de trabalho subir de nível. Não é incrível?"

"É realmente incrível. No entanto, eu tenho uma pergunta."

"E qual é?"

"Sua bênção se aplicará ao mundo em que eu vou viver? Duvido que sua bênção será útil se eu for reencarnado na Terra. Afinal, não há monstros na Terra. Você não pode ganhar experiência matando monstros."

"Quem disse que você só ganha experiência ao matar monstros?" Gavin perguntou de volta com um sorriso sabedor.

"Você não precisa matar monstros?" William perguntou de volta.

"Você não precisa matar monstros para ganhar experiência e elevar sua classe de trabalho. Lembre-se disso William, cada mundo tem suas leis. Eu acredito que vocês terráqueos têm um ditado, quando em Roma, faça como os romanos. O mesmo pode ser dito para outros mundos. Quando você viver naquele mundo, faça as coisas que as pessoas fazem naquele mundo, entendeu?"

"Sim."

"Ótimo," Gavin continuou sua explicação. "O terceiro benefício é isso. Uma vez que você desbloqueie dez trabalhos, você poderá mesclá-los todos juntos! Por exemplo, você pode ser um cavaleiro, um padre, um feiticeiro, um druida, um guerreiro dragão, etc. etc!"

"Isso parece bom demais para ser verdade. Qual é a pegadinha?" William não era ingênuo. Se todo mundo pudesse ter essa habilidade superpoderosa, Gavin não estaria tão desesperado para torná-lo seu seguidor.

Gavin deu um sorriso torto enquanto decidia ser honesto com William. "A questão é, a maioria das pessoas só pode ter de uma a três profissões em sua vida. Conseguir dez profissões ou mais é possível apenas para criaturas de vida longa como os elfos."

"Então basicamente, se eu não nascer um elfo, eu estou ferrado?"

"Não exatamente. Apenas a habilidade de mesclar as classes de trabalho em uma permanecerá inalcançável para você. O resto dos benefícios permanece."

"Ah, isso são boas notícias então." William se sentiu aliviado porque as bênçãos que Gavin mencionou não eram um mau negócio. "Certo, onde eu assino?"

"Você tem certeza de que realmente quer se tornar meu seguidor? Há Deuses melhores por aí, sabe," Gavin respondeu.

"Está tudo bem. Eu confio em você." William olhou para Gavin seriamente. "Eu acredito que você está me dizendo a verdade."

Gavin sentiu a pedra em seu coração cair. Ele acenou com a mão e um contrato apareceu do nada. Ele então entregou o contrato a William junto com uma caneta. O Deus de Todos os Ofícios fez o seu melhor para evitar que suas mãos tremessem. Na verdade, além de William, ele só tinha mais um seguidor.

Um Deus sem seguidores deixaria de existir.

Foi por isso que ele estava bastante desesperado para recrutar William sob suas asas. No final, sua honestidade para com o garoto fez o último escolhê-lo como seu Deus Patrono.

Depois de assinar o contrato, William sentiu uma forte conexão entre ele e Gavin. Era um sentimento muito quente e o fez sentir-se seguro.