Compromisso de William [Parte 2]

William congelou quando leu a notificação. Levou alguns segundos para recuperar a compostura e imediatamente escolheu Sim como sua resposta.

"Acabou o tempo," anunciou Rebecca enquanto arrancava o Cajado Mágico das mãos de William. "Seus trinta segundos acabaram."

William ainda estava atordoado. Ele não havia ouvido as palavras de Rebecca porque estava ocupado inspecionando a nova classe de emprego que ele adquiriu.

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-- Um mágico especializado em Magia do Gelo

-- Aumenta a resistência contra o frio.

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'P*rra! Eu consegui uma nova classe de emprego só por segurar um cajado?!' O coração de William batia descontroladamente dentro de seu peito. Ele sempre se perguntou como poderia adquirir uma subclasse. Nunca em seus sonhos mais loucos imaginou que adquirir uma nova classe de emprego fosse tão fácil!

A expressão chocada de William fez com que Agatha e Eleanor o olhassem com desprezo. As duas mulheres mais velhas pensaram que o garoto estava chocado devido ao quão caro era o cajado mágico.

'Que ignorância,' Agatha pensou.

'Caipira,' Eleanor refletiu.

Mordred, que estava sentado ao lado de William, franziu a testa. Ele podia ver as mãos de William tremendo e se perguntava se deveria intervir para salvar seu sobrinho.

"V-Vocês têm outros itens caros?" William gaguejou. "É a primeira vez que seguro algo tão incrível na minha vida. Se vocês puderem me mostrar pelo menos cinco itens da mesma qualidade, eu concordarei em anular este casamento arranjado."

"Só mostrar?" perguntou Agatha. "Você não vai pegá-lo?"

"Não vou pegá-lo," William respondeu, contendo sua excitação. "Eu só quero segurá-lo como fiz com aquele cajado."

"Se fizermos isso, você realmente concordará em cancelar o acordo de casamento?" indagou Eleanor. Esse era o motivo da visita delas. Se ela pudesse fazer o garoto escrever uma carta renunciando ao acordo, então o velho Duque não seria capaz de encontrar nada de errado.

"Sim. No entanto, deve ser da mesma qualidade ou superior," William respondeu. "Não aceitarei itens baratos!"

Agatha e Eleanor trocaram um olhar e acenaram uma para a outra ao mesmo tempo. Elas retiraram os itens mais caros de seus anéis de armazenamento e os empilharam na frente de William.

O garoto olhou para todos os tesouros na sua frente e seus olhos brilharam de excitação.

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Os itens que Eleanor apresentou eram todos cajados mágicos dos diferentes elementos. Já que ela era uma Feiticeira, todos os seus tesouros pertenciam à categoria de tipo mágico.

A respiração de William ficou mais pesada com cada item que ele segurava em suas mãos. Seus olhos também ficaram injetados de sangue, o que deixou Eleanor muito feliz. Ela pensou que o garoto finalmente havia percebido que era um sapo no fundo do poço.

'Um sapo tentando comer um cisne?' Eleanor riu internamente. 'Veja a diferença entre nossos status sociais! Hora de acordar desse seu sonho, caipira.'

Depois que William terminou de inspecionar as armas mágicas que vieram de Eleanor, ele mudou sua atenção para as armas da coleção de Agatha.

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O corpo de William estremeceu em êxtase. Sua respiração agora estava ofegante, como se fosse desmaiar a qualquer momento por exaustão.

"William, você está bem?" perguntou Mordred. Ele estava muito preocupado com a condição atual de seu sobrinho.

"Eu-Eu nunca me senti tão bem na vida," William respondeu roucamente. Ele deu um passo para trás e quase desabou no sofá. Felizmente Mordred estava prestando atenção nele e foi capaz de apoiar seu corpo a tempo.

"Está satisfeito?" perguntou Agatha. "Você vai honrar nosso acordo?"

"S-Sim," William respondeu. Ele ainda não havia se recuperado do êxtase que sentiu antes. "Concordo com o cancelamento deste acordo de casamento."

"Nosso acordo precisa de uma carta escrita por você, com sua assinatura também," interveio Eleanor. "Não é que não confiamos em você, mas isso tem que ser devidamente registrado."

"Entendido." William concordou e pediu papel e tinta.

Ele então escreveu uma carta dizendo que não concordava com o casamento arranjado que foi feito entre o seu avô e o avô de Rebecca. O motivo que ele deu para o cancelamento do acordo de casamento foi que Rebecca não era boa o bastante para ele.

Ele afirmou que, sendo o garoto mais bonito do continente, era natural que ele fosse pareado com uma garota que tivesse a beleza para derrubar nações. Além disso, ele não estava otimista quanto ao crescimento da área do peito de Rebecca.

William sentiu que a garota só teria um tamanho B de copa quando atingisse a idade adulta. Ele até acrescentou educadamente que poderia considerar fazer de Rebecca sua concubina se sua esposa principal concordasse em aceitá-la em seu harém.

Quando Agatha e Eleanor leram a carta de William, ambas quase cuspiram um bocado de sangue de raiva. William havia listado uma série de reclamações sobre por que Rebecca não era digna de se tornar sua noiva e não o contrário!

Agatha até teve o impulso de despedaçar o maldito moleque em pedaços para comer sua carne e beber seu sangue. Ela nunca tinha se sentido tão enfurecida na vida e isso quase a enlouqueceu.

"Já que escrevi a carta, então todos vocês deveriam sair," William enxotou as pragas. "Não me digam que planejam ficar para jantar conosco? Bom, acho que podemos poupar um pouco de mingau já que a família Ainsworth tem um grande coração. Não quero que saiam boatos de que não tratamos bem nossos convidados."

Agatha arrastou sua filha em direção à porta da frente porque estava com medo que, se ficasse mais um segundo, acabaria retalhando o maldito moleque em pedaços.

Eleanor também partiu sem dizer nada, pois nunca havia experimentado uma humilhação como essa em sua vida. Ela era a anciã da Seita Nebulosa e era tratada com respeito por onde quer que fosse.

Ela amaldiçoou William em seu coração e até decidiu se vingar no futuro. Rebecca não havia visto o conteúdo da carta e obedeceu a sua mãe voltando para a carruagem. Ela achou que William era um garoto interessante, mas não digno o suficiente para se tornar seu noivo.

Se Rebecca soubesse o que o "garoto interessante" escreveu em sua carta, ela poderia ter invocado seu cajado e usado para bater nele até que ele derramasse lágrimas de sangue.