Ponto de Vista da Sibila
Estou morta?
Não tenho certeza. Sinto-me como se estivesse flutuando em um mar sem fim. Estava escuro, sem farol, sem estrelas. Não consigo gritar, não consigo me mover.
A memória voltou lentamente para mim. Pensei no meu casamento, na minha tia, no meu irmão e no meu marido.
Olhei para as minhas mãos. Estavam limpas, mas ainda sentia o sangue nelas.
Eu cravei a adaga no peito do meu marido.
Minha cabeça começou a doer e fiquei muito tonta. Uma voz na minha cabeça gritou com raiva: "Ele é seu marido. Por que você fez isso? Ele te ama. Ele fez tanto por você. Mas você o machucou! Você má mulher!"
"Não! Não diga mais nada!" Eu gritei, segurando minhas orelhas e encolhendo-me no chão de dor.
"Maninha," uma voz chegou ao meu ouvido.
"Maninha," a voz soou familiar.
"Doyle, é você?" Eu me levantei, virei-me e não vi ninguém.
"Maninha, não chore." A voz de Doyle soou feliz, como se ele nunca tivesse passado por nenhum problema.