Um Buquê de Vazio

Eu estava me preparando para ir para casa, contando as horas até de manhã. Mas quando finalmente acordei, a visão que me saudou me deixou congelada no lugar. Por um momento, pensei que estava sonhando.

Dúzias—não, centenas de flores preenchiam o quarto, suas cores vibrantes tingindo todas as superfícies ao meu redor.

Belisquei-me, não estava morta. Pensei que já tinha cruzado, e que essas eram as flores destinadas ao túmulo.

Mas não eram.

Eram frescas, desabrochando, vivas em todos os sentidos.

O ar estava espesso com sua fragrância doce, quase sufocante em sua intensidade. Rosas de todas as tonalidades imagináveis me rodeavam—vermelhos intensos, rosas suaves, brancos delicados e roxos profundos.

Para onde quer que eu olhasse, era um mar de pétalas. Era lindo, de tirar o fôlego, até. E ainda assim, algo parecia errado. Eu me sentia desconfortável olhando para elas.

"O-o que é isso...?" Minha voz falhou enquanto eu falava, as palavras mal passando pelos meus lábios.