Schwartz

Max estava decidido a ignorá-lo, pois sabia que as coisas que têm desconto geralmente não são boas.

Mas ao dar uma olhada nos itens do seu balcão, um anel vermelho e flamejante chamou sua atenção. Esse anel de alguma forma lhe deu uma sensação vagamente familiar. Ele se aproximou do balcão e apontou para o anel, "Que tal você me dizer as utilidades deste anel, e eu comprá-lo?"

O Mercador o olhou por um momento e sorriu com desdém. "Jovem mestre, este anel foi encontrado por alguém que o vendeu para mim por um preço baixo. Ele me disse que era um item mágico, mas até agora, ninguém havia demonstrado interesse neste anel. Eu sou apenas um comerciante menor e não tenho conhecimento sobre itens mágicos. Portanto, peço desculpas pois não tenho certeza das suas utilidades."

Max olhou para ele e disse calmamente. "Tudo bem, velho. Não precisa pedir desculpas por isso. Então me diga, quanto você quer por este anel?"

O velho olhou para ele e levantou dois dedos. "Que tal o jovem mestre comprar por vinte moedas de prata?"

Max concordou e pagou-lhe vinte moedas de prata. Ele apenas sabia que itens especiais feitos com magia existiam, mas não conhecia o preço deles, ou ficaria chocado ao saber que acabara de comprar um item mágico por um preço muito baixo.

Depois, ele pegou o anel e o colocou no dedo indicador de sua mão esquerda. Ele caminhou em direção à sua mansão com Lilly conversando e rindo. Ele não percebeu que o anel em seu dedo brilhou com uma luz carmesim fraca por um segundo e depois voltou ao normal.

***

Em um local desconhecido havia uma cadeia montanhosa cercada por fogo; muitas bestas poderosas com atributos de fogo vagavam por ali. Até mesmo um mago de cinco-estrelas encontraria sua vida em perigo. No fundo das montanhas, uma silhueta turva de um homem abriu os olhos e murmurou com voz rouca, "Candidato final foi escolhido. O julgamento começará em breve."

Assim que a figura turva terminou de falar, cinco altares antigos começaram a brilhar em uma caverna vulcânica na montanha.

***

Max voltou para casa com Lilly, e após entrar no seu quarto, pediu a Lilly que movesse o resto de suas coisas para o seu quarto. Ele então se deitou na cama.

Lilly concordou sem dizer nada, pois ele já havia dito a ela para morar em seu quarto. Ela saiu do quarto para fazer como ele havia pedido.

Enquanto Max esperava Lilly voltar, ele levantou a mão esquerda e encarou o anel em seu dedo indicador.

'Isso é um item mágico, certo? Como devo ativá-lo? Talvez eu deva tentar canalizar mana para dentro dele.' Ele se perguntou e enviou um fluxo de sua mana para o anel.

Foi então que o anel começou a brilhar com uma luz carmesim fraca, que se tornava cada vez mais brilhante, e ele teve que fechar os olhos.

Quando ele abriu os olhos novamente, ele estava em uma caverna com magma ao redor dele. A temperatura aqui era tão alta que ele começou a suar após alguns segundos.

"Que merda? Onde estou? Como pode estar tão quente aqui." Ele xingou alto.

"Você vai parar de resmungar, garoto?" Uma voz preguiçosa soou ao lado dele. Quando Max olhou ao seu lado, ele ficou surpreso ao ver outro humano presente.

Aquele que acabara de falar era um homem de meia-idade em vestes vermelhas que, assim como seu pai, estava muito em forma e pleno de vitalidade. Ele tinha cabelos brancos e um rosto bonito. Estava esfregando os olhos e bocejou ao falar. Parecia que ele acabara de acordar.

Depois de olhar para ele e ao seu redor, ele concluiu que tanto ele quanto esse homem estavam na mesma situação que ele e haviam acabado de chegar, porque quem conseguiria dormir nessas plataformas de pedra quentes, e o homem também não parecia hostil.

"Oh, desculpa, velho, eu fiquei surpreso quando de repente apareci aqui do nada." Max pediu desculpas, pois seu susto diminuiu; ele iria continuar quando de repente o homem ficou irritado.

"Você, moleque atrevido, onde é que eu pareço um velho para você?" O homem subitamente ficou furioso, e seu comportamento inofensivo anterior foi substituído por um perigoso. Ele parecia que atacaria se ele dissesse algo que não gostasse.

Foi então que outra plataforma de pedra brilhou e uma mulher em um vestido rosa apareceu. Seus cabelos negros cascavam pelos ombros. Seu rosto era claro, com lábios finos rosados que a tornavam ainda mais atraente. Ela tinha um ar régio. Quando ela olhou para os outros dois presentes, havia desdém em seu olhar.

Max a observou por um momento. Ela era bonita. Ele podia imaginar seu corpo sedutor mesmo quando seus longos vestidos rosa cobriam completamente seu corpo feminino.

Max suspirou interiormente com isso. 'Se ao menos eu pudesse dar uma olhada nela nua. Que desperdício!' Ele percebeu que quase todos os seus pensamentos estavam se tornando pervertidos, e seus desejos sexuais estavam ficando ainda mais fortes mesmo após ele já ter tido sexo suficiente para saciar seu apetite após sua reencarnação.

Ele respirou fundo algumas vezes para acalmar suas emoções e se concentrar na situação bizarra em que se encontrava. Ele não queria permanecer sem pistas quando sua vida poderia estar em perigo.

"Peço desculpas por ter lhe ofendido antes. Posso saber como devo me dirigir a você?" Max pediu desculpas e perguntou ao homem ao seu lado.

O homem que agora olhava para a mulher com um olhar sério virou a cabeça quando ouviu as desculpas de Max. Depois deu uma última olhada para a mulher e disse com um tom satisfeito. "Você é um garoto sensato. Eu lhe perdoo desta vez. Você pode me chamar de Senhor Schwartz ou Schwartz, se preferir."

Quando ele parou de falar, a mulher que havia fechado os olhos olhou para ele em surpresa por um segundo e depois os fechou novamente sem dizer nada.

Max não pensou muito nisso e falou, "Certo, Schwartz, você pode me dizer onde estamos e, por que fui teleportado subitamente para cá?"

Ele só podia perguntar a ele se quisesse saber o que estava acontecendo e por que estava ali. Quanto à mulher, ela nem sequer se importou em lhes dar um segundo olhar; ela claramente não estava interessada em falar com eles.

Schwartz olhou para ele com estranheza e então de repente exclamou quando viu o anel no dedo dele, "Que merda! Você é apenas um mago de duas estrelas. Como o anel te reconheceu como o sucessor potencial?"

A mulher também olhou para Max de maneira estranha. Era desconhecido o que ela estava pensando.

Max olhou para ele, atônito. Ele não esperava outra explosão dele, quando já havia se desculpado. Mas quando ele ouviu o que ele disse, Max entendeu que era por causa do anel.

Ele levantou a mão esquerda, mostrou-lhe o anel e perguntou, "Que é que tem esse anel? Que sucessor? Pode explicar, Sênior Schwartz?"