Lugar estranho.

Davos fechou os olhos e sua consciência foi se apagando.

(Então é assim ? Que pena, achei mesmo que daria certo esse plano).

(Tanto empenho, parece que fiz tudo isso por nada no final).

(Estranho, já não deveria ter acontecido alguma coisa ?).

Então Davos tenta abrir os olhos.

(Mas o que ?).

Tudo estava escuro como breu, nada se podia ver naquele lugar.

Davos sentia como se seu corpo estivesse boiando em água morna, calmo e relaxante, mas tambem ansioso e desesperador.

Ele então fica ali a deriva, mas pouco a pouco uma imagem vem se formando bem na frente de seus olhos.

(Ola, você deve ser o ceifeiro, não é?).

A imagem nada responde e continua tomando forma, parecia um homem com um longo manto negro cobrindo seu corpo, mas podia-se ver um longo sorriso em seu rosto.

Pele branca leitosa, dentes tão brancos como o marfim, mas algo dizia que aquele sorriso era meio diabólico.

Sem que Davos percebesse o ser estava bem na sua frente, os dois ficaram ali parados.

Um estava congelado com tal situação o outro sorria como se tivesse um plano maquiavélico a por em prática.

(Você pode me ouvir pelo menos ?).

Davos percebeu que mesmo mexendo a boca, ele não emitia som nenhum, então restou tentar falar através de sua mente.

– Sim criança, eu posso lhe ouvir.

O homem encapuzado falou sem nem sequer mexer a boca, mas ele podia ouvir a voz em seus ouvidos.

(Quem é você? Onde estou? Você veio me buscar ? Posso pelo menos ver minha mãe e irmã de novo?).

Davos dispara um monte de perguntas ao homem sem nem esperar pelas respostas.

– Calma criança, irei sanar todas as suas dúvidas, eu sou o que vocês chamam de Grande Antigo uma divindade de eras primevas.

O homem respondeu com calma, não parecia ter pressa para responder ao jovem.

– Segundo, você está no limbo, um lugar para o qual as almas sem vínculo com uma divindade vem para seu descanso.

Ele responde a segunda pergunta de Davos.

– E não, eu não vim te buscar, eu lhe trouxe aqui para que pudéssemos ter uma conversa.

Davos fica sem palavras ao saber que um Grande Antigo, um Deus esquecido pelo tempo, teve todo o trabalho de lhe trazer aqui só para conversarem.

– Sim você poderá ver sua família de novo, claro se você fizer um acordo comigo.

Antes que Davos pudesse lhe interromper, ele levanta a mão e termina sua explicação com uma proposta.

(Que tipo de acordo você quer comigo ?).

Davos levanta a guarda e espera a resposta do homem.

– Eu tenho um bom acordo para você, eu lhe trago de volta a vida e ainda te dou uma ajuda e você só vai precisar me fazer uma coisa, o que acha ?.

O ser calmamente espera o jovem considerar sua opção.

(Que coisa é essa que você precisa que eu faça ?).

Davos não deixa escapar o que parecia ser algo subliminar nessa frase, algo não se encaixava pra ele.

– Não será agora ou amanhã, mas num futuro próximo, eu precisarei de toda ajuda possível para escapar de minha prisão e precisarei que você me ajude na minha fuga.

Finalmente o ser revela algo que deixa Davos sem palavras.

(Certo, portanto que não tenha que ferir inocentes, eu irei lhe ajudar de bom grado).

Davos fala seus termos.

– Não se preocupe os mesmo inimigos que você tem hoje e no futuro, são os meus também.

O homem fala enquanto estende a mão para ele.

Davos a perta sua mão e sente um formigar pelo corpo todo.

(Esqueci de perguntar seu nome).

Davos fala sentido que sua consciência logo se apagaria de novo.

– Lembre-se, eu sou Radamant, o Grande Deus da Verdade e do Futuro.

Assim que a imagem diz seu nome, Davos pode ver raios caindo atrás da imagem e logo o jovem perde a consciência.