"Orion!" Soleia gritou desesperadamente, esticando as mãos instintivamente como se pudesse apenas alcançá-lo e trazê-lo de volta. Mas, é claro, seus dedos não agarraram nada além do ar vazio. Ela lutou para se libertar do aperto de Ricard, tentando chegar ao lado do barco para dar uma olhada mais de perto. "Orion! Onde você está!"
As águas estavam escuras como breu, e ela mal conseguia distinguir o contorno de duas cabeças boiando na água enquanto lutavam. As ondas batiam violentamente entre os homens.
"Bem, é isso para meu irmão." A voz de Ricard era alta contra seu ouvido enquanto ele soltava um suspiro teatral. "Ele teve uma boa jornada. Vou me certificar de deixar algumas flores em seu funeral."
Soleia parou, surpresa com a maneira despreocupada com que Ricard falava sobre Raziel. "Você tem tão pouca fé em seu irmão?"
Ele não ia salvá-lo?