desconfiança

Se tem uma coisa que posso dizer sobre mim, é minha desconfiança. Já fui muito taxado de 'palhaço' em meus relacionamentos e amizades. No final das contas, sempre dei meu máximo a 1%. Não que eu esteja sempre certo, mas é irônico que, toda vez que eu dizia 'eu te amo' para alguém de quem gostava, o sentimento da pessoa mudava totalmente. O mais sinistro é a transformação da pessoa ao ouvir essas palavras, como se o subconsciente dela dissesse: 'Chegamos aonde queríamos, então vamos embora.' No final, eu ficava muito aborrecido e triste, e isso foi criando um desapego emocional tão forte que, hoje, aos meus 22 anos, não consigo confiar totalmente em alguém ou em algo que surja de forma inesperada, principalmente quando uma mulher começa a se interessar por mim. Basicamente, dou espaço a ela e, quanto mais ela acha que está me conquistando, mais distante eu fico. O mais sinistro é que, agora que não tenho esse sentimento chamado 'amor', as pessoas se aproximam mais de mim. Não converso muito, mas as pessoas querem me ver mais comunicativo. Não ligo, mas querem que eu ligue. Foi aí que entendi que tudo o que perdemos ou priorizamos sempre terá valor para alguém. Como dizia Racionais: 'Não jogue pérolas aos porcos, irmão, jogue lavagem.'