Kimberly sentou-se no chão de seu quarto, com as costas pressionadas contra a cama enquanto fitava o telefone em suas mãos.
Sua respiração ainda estava irregular. Seu corpo ainda formigava pelo que quer que ela tivesse acabado de fazer.
*O que está acontecendo comigo?*
Ela ainda podia sentir o pós-choque do poder pulsando em suas veias.
Era como se algo antigo tivesse despertado dentro dela, algo que ela não compreendia, mas não podia ignorar.
Ela fechou os olhos, tentando dar sentido a tudo isso.
A língua que ela havia falado — não era dela. Ela nunca a tinha aprendido, nunca sequer a tinha ouvido antes.
E, ainda assim, as palavras haviam fluído sem esforço de seus lábios, carregando um poder que de alguma forma alcançou a distância e trouxe Theo de volta.
Seu peito se apertou.
*Isso é maior do que eu pensava e quem exatamente sou eu?* Kimberly pensou.
Ela tinha dito para Theo agir naturalmente, fingir, mas por quanto tempo eles poderiam manter a farsa?