Capítulo 8 – O Executor da Ordem do Eclipse

O Caçador Chega

A poeira ainda pairava no ar, e o silêncio dominava a arena.

O homem de manto negro estava parado na entrada, seu olhar fixo em Cael.

Os alunos estavam paralisados pelo medo.

Aquela aura… era diferente de tudo que já haviam sentido.

Julius franziu a testa, segurando sua espada com força.

"Quem diabos é esse cara…?"

O Executor deu um passo à frente, e sua presença fez o chão rachar.

"Cael Ardent… ou devo chamá-lo pelo seu verdadeiro título?"

Os olhos dele brilharam em um vermelho profundo.

"O Rei Oculto de Aurendor."

Sussurros irromperam entre os alunos.

"R-Rei Oculto? Do reino mais forte?""Isso não pode ser verdade!""Um plebeu…? Como assim?!"

Os olhos de Elara se arregalaram, e Julius olhou para Cael com surpresa e desconfiança.

Mas Cael apenas suspirou, passando a mão pelos cabelos.

"Tsc… que inconveniente."

Ele olhou diretamente para o Executor, seus olhos agora frios.

"Você veio para morrer?"

O Executor sorriu.

"Eu vim para levar sua cabeça, seu maldito farsante."

Então, num piscar de olhos, ele atacou.

O Primeiro Golpe

A velocidade do Executor era absurda.

Ele cruzou a arena em um instante, sua lâmina negra cortando o ar em direção ao pescoço de Cael.

Mas antes que o golpe pudesse alcançá-lo…

CRACK!

A lâmina parou a poucos centímetros de Cael, como se tivesse colidido com uma parede invisível.

"O quê?!"

Cael nem se moveu. Apenas olhou para o Executor com indiferença.

"Muito lento."

Ele levantou a mão, e uma onda de energia invisível explodiu ao redor dele.

O Executor foi lançado para trás, batendo violentamente contra a parede da arena.

A multidão prendeu a respiração.

Julius segurou firme a espada, incapaz de esconder sua surpresa.

"Isso… isso é poder bruto."

Elara tinha o coração acelerado. O Cael que ela conhecia nunca havia mostrado algo assim.

Mas o Executor não estava acabado.

Ele se levantou, cuspindo sangue, e riu.

"Heh… então os boatos são verdadeiros."

Ele levantou a lâmina, e sombras começaram a se contorcer ao seu redor.

"Vamos ver se consegue lidar com isso… Invocação Sombria!"

Do chão, vários guerreiros negros surgiram, seus olhos brilhando em um vermelho maligno.

A multidão gritou de pavor.

"Isso é magia proibida!"

Julius avançou com sua espada.

"Se acha que vamos deixar você atacar nossa academia, está enganado!"

Mas Cael levantou a mão.

"Não se meta nisso, príncipe."

Julius parou imediatamente, como se uma força invisível o estivesse impedindo de se mover.

Os olhos de Cael brilharam intensamente.

"Isso é entre mim… e essa praga."

Então, em um movimento rápido, ele apertou o punho no ar.

E no mesmo instante…

TODOS OS GUERREIROS NEGROS FORAM DESPEDAÇADOS.

A multidão ficou em choque absoluto.

Cael deu um passo à frente, agora com um olhar frio e mortal.

"Se é tudo o que tem, então vou acabar com isso agora."

O Executor Encontra o Desespero

O Executor tremeu.

Ele já havia ouvido boatos… mas agora via com os próprios olhos.

"Isso não é um humano… isso é um MONSTRO."

Mas não podia recuar.

Ele gritou, canalizando todo seu poder.

"Maldito! MORRA!"

Ele se lançou para frente, atacando com tudo o que tinha.

Mas Cael nem se moveu.

No instante em que a lâmina estava prestes a atingi-lo, o tempo ao redor deles parou.

O Executor arregalou os olhos.

"O… o quê?"

Cael, com calma, moveu um único dedo.

E, naquele instante, o braço do Executor foi arrancado do corpo.

"AAAAAHHHH!!!"

O grito de dor ecoou pela arena.

Cael se aproximou lentamente, olhando para o Executor como se ele fosse um inseto.

"Eu avisei que isso era um erro."

Ele ergueu a mão, preparando-se para dar o golpe final

Mas então, um círculo mágico negro brilhou ao redor do Executor.

"Tsc… eles vão me puxar de volta."

A Ordem do Eclipse estava o teleportando para fugir.

O Executor, mesmo coberto de sangue, sorriu com escárnio.

"Isso não acabou, Rei Oculto. Nós vamos voltar… e da próxima vez, nem você conseguirá nos deter!"

E então, num flash de escuridão, ele desapareceu.

A Reação da Academia

O silêncio que se seguiu foi opressor.

Todos ainda tentavam processar o que haviam acabado de testemunhar.

Julius apertou os punhos, olhando para Cael com um misto de respeito e cautela.

Elara não sabia o que pensar.

O que quer que Cael estivesse escondendo… era muito maior do que ela imaginava.

O diretor finalmente quebrou o silêncio.

"Cael Ardent…"

Todos prenderam a respiração, esperando o que viria a seguir.

O velho diretor o olhou intensamente, então deu um leve sorriso.

"Parece que teremos muito o que conversar."

A multidão explodiu em murmúrios, enquanto Cael apenas suspirava.

"E lá vamos nós…"