Capítulo 26 – A Caçada Começa

O Primeiro Passo na Conspiração

No alto de uma torre da academia, um grupo de jovens nobres se reunia em segredo.

Os olhos de Victor von Auster, herdeiro de uma das famílias mais influentes, brilhavam com arrogância.

— "Então, todos concordam? Esse plebeu precisa ser eliminado."

Os outros assentiram.

— "Ele não pode ser um simples plebeu… ninguém normal conseguiria derrotar um Cavaleiro do Eclipse."— "A academia está ignorando o perigo, então teremos que agir por conta própria."

Victor sorriu friamente.

— "Então vamos começar… com um teste."

Ele estalou os dedos, e uma figura encapuzada saiu das sombras.

— "Traga-me informações sobre esse tal de Cael Nacht. Quero saber cada detalhe."

O espião desapareceu no mesmo instante.

A caçada havia começado.

O Selo Perdendo o Controle

Enquanto isso, Cael caminhava sozinho pelos jardins da academia.

A brisa da noite era fria, mas ele estava suando.

O selo em seu peito palpitava como um coração batendo descontrolado.

"Droga… esse selo nunca foi tão instável antes."

Ele se recostou contra uma árvore, fechando os olhos por um instante.

"Se eu não controlar isso, posso acabar liberando mais poder do que deveria."

Mas então…

— "Pensativo, Cael?"

Ele abriu os olhos rapidamente.

Freya estava parada ali, os braços cruzados, um sorriso curioso no rosto.

— "Desde a luta com aquele cavaleiro, você tem agido… diferente."

Cael escondeu qualquer vestígio de desconforto e sorriu levemente.

— "Impressão sua. Só estou cansado."

Freya arqueou uma sobrancelha, claramente não convencida.

— "Se você diz… mas eu não sou idiota. Você está escondendo algo."

Cael sorriu mais ainda, mas não respondeu.

Freya suspirou, então se virou para sair.

— "Se precisar de ajuda… você sabe onde me encontrar."

Quando ela desapareceu na escuridão, Cael soltou um leve suspiro.

"Ela está começando a suspeitar também..."

Ele fechou os olhos, tentando suprimir novamente a energia do selo.

Mas ele sabia… que isso não duraria muito tempo.

Os Nobres Fazem seu Movimento

Na manhã seguinte, enquanto Cael andava pelo corredor da academia…

Um grupo de estudantes nobres bloqueou seu caminho.

Victor von Auster estava à frente, sorrindo friamente.

— "Bom dia, plebeu."

Cael ergueu uma sobrancelha, sem demonstrar interesse.

— "Algo que eu possa fazer por vocês?"

Victor estreitou os olhos.

— "Você realmente se acha especial, não é? Andando por aqui como se fosse um de nós."

Cael suspirou.

— "Se vai me insultar, pelo menos seja criativo. Já ouvi coisas melhores de mendigos bêbados."

Alguns nobres arregalaram os olhos com a ousadia dele.

Victor franziu o cenho, claramente irritado.

— "Vamos ver o quão esperto você é depois da nossa pequena surpresa."

No mesmo instante…

— "CUIDADO!"

Cael instintivamente se moveu para o lado, e um feitiço explosivo passou raspando pelo seu rosto, atingindo a parede e deixando uma marca carbonizada.

O salão ficou em silêncio absoluto.

Victor sorria, segurando sua varinha.

— "Ops. Acho que minha magia saiu do controle."

Os outros nobres riram baixinho.

Cael olhou para a parede destruída, então lentamente voltou os olhos para Victor.

— "Você deveria tomar mais cuidado, Victor."

O ar mudou completamente.

Cael deu um único passo à frente, e de repente…

O chão tremeu levemente.

Os nobres engoliram em seco, sentindo um calafrio inexplicável.

Era como se… um predador supremo tivesse acabado de acordar.

Victor tentou manter o sorriso, mas suas mãos começaram a suar.

"O que… é essa sensação horrível…?"

Cael sorriu levemente, mas seus olhos não demonstravam emoção alguma.

— "Eu vou fingir que isso foi um acidente."

A pressão desapareceu tão rápido quanto surgiu.

Os nobres permaneceram paralisados, enquanto Cael simplesmente seguiu andando, como se nada tivesse acontecido.

Freya, que tinha assistido tudo de longe, arqueou uma sobrancelha.

— "Esse cara… fica cada vez mais interessante."

A Reunião Secreta do Diretor

Mais tarde naquele dia, no salão mais profundo da academia…

O diretor Magnus estava sentado em uma mesa redonda, cercado por outros professores e algumas figuras misteriosas.

Um homem de armadura negra falou primeiro.

— "O garoto… Cael Nacht. Precisamos vigiá-lo de perto."

O diretor assentiu, sua expressão séria.

— "Os nobres já começaram a se mover contra ele. E há algo nele… que não consigo entender."

Outro professor, uma mulher de cabelos brancos, franziu o cenho.

— "Talvez ele seja uma ameaça… ou talvez ele seja nossa única chance contra o que está por vir."

O homem de armadura negra bateu o punho na mesa.

— "Independente do que ele seja, ele já atraiu atenção demais. Se ele realmente for perigoso… devemos agir antes que seja tarde demais."

O diretor fechou os olhos, pensativo.

— "Por enquanto… apenas observem."

Mas todos naquela sala sabiam a verdade.

Cael Nacht já não era mais um simples estudante.

E o mundo estava começando a perceber isso.