Antes que aquele homem alto e de pernas compridas pudesse abrir a porta e entrar na sala, Dorothy, que estava atrás dele, gritou ansiosamente: "Credence Scott!"
No momento em que gritou seu nome, só ela mesma soube como seu coração batia desordenado, como se estivesse navegando no mar, batendo as asas contra o vento turbulento.
Com o telefone em uma mão e a outra enfiada no bolso da calça, Credence se virou e olhou para a bela mulher parada não muito longe, sua expressão plácida.
Ela estava usando um vestido de noite azul bebê, seu cabelo preto e brilhante imaculadamente penteado em um coque delicado, fazendo-a parecer tão bonita quanto uma pintura.
Não havia expressão em seu rosto bonito. Por cortesia, ele ergueu as pálpebras e perguntou categoricamente: "O que é?"
Sua voz clara estava nivelada, desprovida de qualquer emoção, como se ele estivesse perguntando a um estranho que ele nunca tinha visto antes.