"Me conte tudo que você sabe sobre Nancy e seu pai," eu disse a Carl, colocando as notas no balcão sujo. Mantive meus dedos sobre as notas para impedir que ele as pegasse.
"Posso te contar o que sei," ele ofereceu.
"Tudo bem, pode falar," eu disse, acenando para ele. Levantei uma sobrancelha, expectante.
"Nancy era uma das boas. Uma das mulheres mais gentis, doces e incríveis que já conheci. Claro, não a via muito porque eu viajava e estava no internato. Pai não gostava que eu ficasse por perto, especialmente quando Nancy estava lá," disse Carl. Ele contorceu o rosto amargamente.
"Tenho certeza que ele tinha seus motivos," murmurei. "Continue, por favor."
"Nancy trabalhava para uma ONG. Ela passava muito tempo arrecadando dinheiro para boas causas. Eu diria que ela era uma santa dos tempos modernos," ele continuou, sorrindo maliciosamente para mim.