"Eu aceito ser seu cachorro. Só não tire minha casa de mim. Isso é tudo que eu tenho!" O velho implorou. Lágrimas escorriam de seus olhos que já estavam vermelhos de tanto chorar.
O homem ruivo sorriu enquanto se aproximava do velho. Ele se ajoelhou diante do homem e tocou suas bochechas.
"Ah, cara, eu não sabia disso. Eu nunca teria te atormentado tanto se soubesse como sua vida era triste," ele disse suspirando.
O velho assentiu ao ver a preocupação no rosto do homem ruivo. Ele achou um pouco suspeito, mas só podia acreditar. O homem ruivo acariciou suavemente a cabeça do velho antes de se levantar.
Bang!
O velho tinha acabado de limpar seus olhos embaçados; no entanto, antes que pudesse ter uma visão clara, ouviu um tiro. Uma bala penetrou sua cabeça, deixando um grande buraco em seu crânio. Seus olhos permaneceram abertos em choque quando o velho caiu no chão, tendo morte instantânea.
Lúcifer tinha parado de olhar para a cena da comoção. Ele não se importava com o que essas pessoas faziam, mas o barulho alto da arma chamou sua atenção. Ele olhou para o pequeno grupo apenas para encontrar o velho deitado no chão. Sangue jorrava de sua cabeça.
O homem ruivo estava rindo por perto. Uma arma estava em sua mão, ainda apontada para o velho.
Bang! Bang! Bang!
O homem ruivo disparou mais três tiros apesar de saber que o velho já estava morto, como se estivesse furioso.
Ele não parava de rir como um louco cada vez que atirava. Sua risada ecoava nos arredores. Ele ria tão feliz que pessoas desavisadas poderiam ter confundido com seu dia de casamento.
"Hahaha, seu tolo! Você realmente achou que íamos deixar você viver? Por que eu deveria me importar com sua vida miserável?" O homem declarou enquanto franzia os olhos.
"Devemos vender a casa dele e conseguir mais dinheiro," Um dos homens sugeriu.
"Sim. Mesmo sendo uma casa velha, devemos conseguir alguma coisa." O homem ruivo sorriu. Além desses poucos homens, não havia uma única pessoa nas ruas.
Nenhum dos moradores queria se envolver em assuntos de gangues. Eles não queriam acabar mortos. Todos tinham se trancado dentro de suas casas.
"Coitado, ele nem sabia que fomos nós que roubamos o dinheiro da casa dele. Foi tão divertido ver sua expressão quando morreu." Outro cara começou a rir enquanto chutava o corpo do velho.
"Vamos entrar na casa. Agora ela pertence a nós, afinal." O homem ruivo soltou uma gargalhada enquanto começava a caminhar em direção à casa. Um dos dois homens restantes o seguiu para dentro.
A terceira pessoa era um homem de cabelos escuros que tinha ficado do lado de fora. Ele tirou um maço de cigarros do bolso. Pegou um cigarro do maço e colocou nos lábios antes de acendê-lo com um isqueiro.
"Isso que é vida," o homem de cabelos escuros disse com um sorriso no rosto.
Lúcifer deu uma olhada no corpo morto, mas não houve mudança em sua expressão. Ele não parou e continuou andando.
Ele se sentiu um pouco irritado, no entanto. Na maneira como aqueles caras riam, ele podia ver um vislumbre daquele cientista louco neles. Havia uma vontade dentro dele de matar essas pessoas, mas havia outra vontade dentro dele de não se importar.
Estes eram formigas. Por que deveria se importar? Ele estava conflitante, mas decidiu ignorar. Era como se ele precisasse apenas de uma faísca para explodir.
Infelizmente, essa faísca veio mais cedo do que o esperado quando os olhos do homem de cabelos escuros caíram sobre Lúcifer. Ele não sabia que sua próxima ação seria sua passagem só de ida para o inferno.
***
Os olhos do homem de cabelos escuros caíram sobre Lúcifer. Lúcifer estava vestido com roupas largas, que pareciam um tanto engraçadas.
"Ei, Palhaço! Vem aqui!" Ele chamou Lúcifer.
Lúcifer ignorou as palavras e não parou.
Quando o homem de cabelos escuros viu Lúcifer ignorá-lo, seu sangue começou a ferver. Ele perdeu o controle de suas palavras, o que seria seu maior arrependimento em breve.
"Seu bastardinho! Estou falando com você! Me escuta, seu filho da p-"
Ele nem tinha terminado sua frase quando um raio negro atingiu o crânio do homem.
Seu corpo caiu no chão imediatamente quando morreu. Mas isso não era suficiente. O que ele tinha dito era intolerável! Ele tinha ousado falar mal da Mãe de Lúcifer, que era sua linha vermelha.
Lúcifer correu em direção ao homem de cabelos escuros que estava morto no chão. Seu crânio estava carbonizado. Um buraco também era visível em sua cabeça.
Lúcifer parou diante do corpo morto. As palavras que este homem tinha acabado de falar ainda ecoavam em sua cabeça. Ele levantou o pé direito e pisoteou a cabeça do homem de cabelos escuros, esmagando seu crânio.
Ele não parou. Continuou esmagando repetidamente, mas sua raiva não cessava. Não era suficiente. Ele precisava de mais!
Ele olhou para a direita em direção à pequena casa onde os dois parceiros deste homem de cabelos escuros tinham entrado.