Capítulo 49: Prioridade Alimentar

Mesmo tendo habilidades Rank-S, não era tão fácil.

Apesar de ter a mesma Super Força Rank-S, sua força não chegava nem perto do nível de seu pai. Ele não tinha nem um por cento da força de seu pai apenas porque seu controle e experiência eram insuficientes.

Era um poder recém-adquirido. Geralmente, ele não deveria ter sido capaz de usar nem uma fração desse poder sem treinamento, mas surpreendentemente ele conseguia.

Não estava claro por que era assim. Talvez porque ele tinha visto seus pais usando seus poderes anteriormente quando treinavam. Ou talvez fosse outra coisa. Ninguém sabia sobre isso.

Apesar de ter apenas uma fração da força de seu pai, sua Super Força era muito mais forte do que qualquer humano normal poderia compreender, o que só mostrava o quão forte seu Pai devia ter sido. Era por isso que seu pai era chamado de Bruxo Mais Forte. Ele estava simplesmente em um reino completamente diferente.

Lúcifer ainda estava sentado em uma floresta, cozinhando uma fera que havia caçado. Ainda havia meio dia de distância entre ele e a cidade de Ikrego. O isqueiro que lhe foi dado por Emily estava no chão próximo.

Logo, ele terminou de cozinhar e estava prestes a começar a comer quando ouviu movimento atrás dele.

Crack!

O som de galhos estalando sob os pés podia ser ouvido enquanto alguém se aproximava.

"Cara, quem diria que encontraríamos uma mulher tão bonita nesta floresta. Finalmente me sinto satisfeito."

"Tsc, você deve estar satisfeito, mas eu não. Nem consegui fazer nada. Ela morreu logo na sua tentativa. Nem consegui tocá-la. Só ouvi seus gritos à distância. Acho que é realmente meu dia de azar."

"Hã? Acho que você não deveria me culpar por isso. Eu te disse para ir depois de mim? Não estou errado aqui."

"Você me disse para ir com um cadáver? Seu bastardo! Você me toma por um porco? Você poderia ter ido mais devagar, para que eu pudesse tê-la depois também."

"Suspiro, tudo bem. Na próxima vez que tivermos uma oportunidade como essa, você pode ir primeiro."

Lúcifer também podia ouvir a voz de dois homens conversando entre si enquanto os passos se aproximavam.

Virando-se lentamente, ele encontrou dois homens caminhando em sua direção. Um deles era um homem de cabelos escuros enquanto o outro era loiro.

Os dois homens também notaram Lúcifer sentado à distância, mas seus olhos foram instantaneamente atraídos pela comida diante de Lúcifer.

"Ah uau, tem comida. Somos realmente sortudos. Parece que deus realmente nos ama," o cara de cabelos pretos sorriu, lambendo seus lábios secos enquanto seus olhos brilhavam.

"Verdade. Eu também estava com fome. Pelo menos posso comer mesmo que não tenha conseguido fazer aquilo..." o homem loiro acrescentou.

Ele levantou a mão em direção a Lúcifer para apontar o dedo para ele antes de ordenar, "Garoto, largue isso e saia daqui se sabe o que é bom pra você."

Lúcifer os ignorou e deu sua primeira mordida na carne já que estava com fome. Essas duas pessoas não valiam a pena ele ficar com fome por elas.

Os homens ficaram furiosos ao ver Lúcifer comer enquanto os ignorava. Esse garoto era surdo?

"Ei garoto, você não me ouviu?"

O cara de cabelos loiros correu em direção a Lúcifer e chutou com raiva, querendo fazê-lo cair para o lado, longe da comida.

Infelizmente para ele, ele não sabia que seu pé não estava se movendo em direção a Lúcifer, mas em direção ao garoto que era considerado por alguns dos mais fortes Variantes como o Diabo.

Antes que seus pés pudessem tocar Lúcifer, ele percebeu que não conseguia se mover para frente, pois uma mão estava agarrando seus tornozelos.

Seu olho esquerdo tremeu quando olhou para baixo e viu Lúcifer segurando sua perna com a mão esquerda. Não importava o quanto ele tentasse, não conseguia libertar sua perna.

Ele não pôde deixar de ter um mau pressentimento. Por que esse garoto era tão forte? Era uma criança, e ele era um adulto. Como ele poderia pará-lo?

Antes que pudesse abrir a boca, sentiu como se sua perna estivesse queimando nas chamas do inferno. Aquela dor ardente só aumentou conforme se espalhou por todo seu corpo que havia começado a se decompor.

O homem abriu a boca para dizer algo, mas apenas um grito escapou de sua boca enquanto seus pés eram esmagados simultaneamente.

Lúcifer não deixou tudo se decompor; em vez disso, ele também apertou seu aperto, esmagando a perna do homem loiro.

Ele ainda tinha a carne em sua mão direita que havia cozinhado recentemente. Ele deu outra mordida enquanto se levantava descuidadamente.

Não havia uma única emoção em seu rosto.

"Ahhhh!"

O homem de cabelos loiros gritou de dor enquanto os vasos sanguíneos ficavam visíveis ao redor de seu pescoço.

"S-seu bastardo!"

Surpreendido pela mudança repentina, o homem de cabelos pretos sacou sua arma imediatamente e atirou sem pensar duas vezes.

A bala atingiu o ombro de Lúcifer, mas ele não ouviu Lúcifer fazer nenhum barulho. Nenhuma dor estava sequer visível no rosto de Lúcifer.

Como sua mão direita já estava segurando comida, ele teve que soltar o homem loiro para usar sua mão esquerda.

Agora, com sua mão livre, Lúcifer a levantou e apontou seu dedo para o cara de cabelos pretos.

O homem loiro caiu no chão, gemendo de dor.

Um pequeno raio de relâmpago negro apareceu diante do dedo de Lúcifer e foi em direção ao homem de cabelos pretos, rápido como um raio.

O raio negro penetrou o centro da garganta do homem e saiu pelo outro lado, deixando um pequeno buraco no pescoço do homem.

Segurando seu pescoço, incapaz de respirar, o homem também caiu no chão.

Seu rosto ficou pálido enquanto não conseguia respirar. Logo, seus olhos perderam o brilho enquanto ele parava de se mover.

Ignorando o homem morto, Lúcifer continuou comendo enquanto voltava sua atenção para o homem loiro que estava gemendo como se estivesse morrendo.

Um olhar horrorizado era evidente no rosto do homem loiro enquanto ele percebia o erro que havia cometido ao se envolver com o garoto.

Terminando o que estava em sua mão, Lúcifer pegou outro pedaço do lado e continuou comendo enquanto observava o homem implorando por perdão.

Ele não fez nada. Nem agiu. Toda sua atenção estava em sua comida.