Era um dia lindo e ensolarado podiasse dizer maravilhoso. Mas para Charlote era um dia igual aos outros o que não era algo bom.
–Hey Charlote! Sabe quando que morreu?-disse uma criança se aproximando derepente
–O quê?-perguntou Charlote confusa
–É que sua pele e seus cabelos são tão brancos que você parece um fantasma.-disse em tom de zombaria
–Isso se chama albinismo, uma condição genética que...
–Cala a boca! Mortos não falam.
–Vai encher o saco de outra pessoa garoto! Eu estou ocupada lavando essas roupas. -disse Charlote irritada
–E nem tava lavando direito. Olhe, tá tudo sujo!-disse despejando um pouco de barro que tinha apanhado no chão, na bacía cheia de roupas recém lavadas nela
–Ah seu moleque!- Charlote ergueu o menino pela gola da camisa com raiva
–Oh pessoal! A Gasparzinha fantasma nada camarada, tá intimidando o Drew de novo.-gritou um menina atrás dela
–O quê? Foi ele que começou!-disse indignada
–Ah claro! Sempre é assim. O quê que você tem contra ele?Drew é um menino tão meigo e doce!-disse a menina brava
Uma outra garota surgiu logo depois.
–E ele tem a metade da sua idade, se meta com alguém do teu tamanho !-disse brava
–E aí pessoal! Que tal a gente ensinar uma lição para essa valentona?-disse uma pessoa no meio da multidão que se formava
Eles se juntaram e começaram a espanca-la. Depois de um tempo, a Diretora Goodway, uma mulher ransinsa que é diretora do orfanato chegou para acabar com a confusão.
–Já chega!-gritou furiosa
Todas as crianças saíram a correr deixando Charlote no chão chorando por causa da dor e humilhação que estava sentindo.
–Levante-se!-ordenou
Charlote se levantou com dificuldade e chorando.
– Você não acha, que é velha demais para arranjar encrenca? Você tem 14 anos!-disse ela com um olhar severo
–É que...-Charlote começou, mas foi interrompida
–Silêncio! Alguém te adotou, então vai se arrumar. Eles vão chegar a qualquer momento.-disse friamente
Charlote correu magoada com tamanha frieza, mesmo já estando acostumada, sempre doía. Então ela se arrumou e depois ficou esperando, até que a pessoa que a adotou chegou.
–Boa tarde senhorita Morriele!-disse diretora Goodway muito simpática, enquanto guia uma mulher negra de cabelos cacheados, vestido completamente de preto e muito elegante acompanhada com um homem de meia idade bem sério, para uma sala onde Charlote está sentada.
A mulher a seguiu mais torcendo o nariz como se estivesse sentindo um fedor horrível e o seu companheiro foi seguindo atrás.
–Esta é a Charlote e Charlote está é a senhorita Morriele.-disse dr.Goodway as apresentando
Senhorita Morriele abriu um sorriso radiante
(o que era um grande contraste com a cara séria e de nojo que havia em seu rosto anteriormente). E foi apressadamente abraçar Charlote. Que ficou confusa.
–Olá Charlote! Bem que o oráculo falou que eu iria te encontrar aqui.-disse e logo depois saiu do abraço
–Desculpa, foi muito repentino não é? Meu nome é humano é Thays, mas meu verdadeiro é Tharae, só que eu prefiro que me chame de " mãe" ou "mamãe".
–Se me permite dizer, a senhora está a ser um pouco intensa demais. Está assustando
a menina.-disse o homem para a Thays com voz serena e um sorriso gentil no rosto.
–Aí Sebastian! É que eu estou tão empolgada! Depois de anos procurando em todos os universos, eu finalmente a encontrei.
–Como assim a senhora tava me procurando? Universos?Que loucura é essa?-perguntou Charlote confusa
–É uma longa história, te explico em casa.-respondeu Thays
–Enfim! Vocês precisam assinar algumas coisinhas ainda e depois vocês podem ir em bora.-disse dr.Goodway
(...)
Depois de saírem do orfanato ele andaram até uma caroagem que era igual a aquelas caroagens de realeza que Charlote via nos filmes de princesa.
–Uau! É igual as que eu vi nos filmes!-disse admirada
–Nós vamos para casa nisso?-perguntou Charlote incrédula com o que vê
–Sim!-Thays e Sebastian disseram em uníssono
–Porquê que não andam de carro como pessoas normais?
–Nós preferimos as coisas a moda antiga.-disse Thays
–Bota antiga nisso!- disse Charlote segurando risada
–Vamos indo?-disse Sebastian indicando a porta da caroagem, que estava aberta mostrando o seu interior
Depois que eles entraram e a caroagem começou a andar, o mundo que Charlote antes via, começou a desaparecer lentamente, dando espaço para flashes de luz e magia.
Depois de um tempo Charlote dormiu e acordou em um quarto enorme, luxuoso e bem decorado como o de uma princesa.
O quarto era todo da cor azul (cor favorita de Charlote), cheio de desenhos de borboletas por todo lado, no teto, tinha um lustre feito de diamantes, com as pedrinhas em formato de borboletas, o quarto tinha um cheiro de avelã proveniente da vela aromática que estava alí.
E a capa onde estava, era enorme, muito macia, confortável e os lençóis eram azul ciano com borboletas roxas bordadas
(muito bonito).
Estava tudo calmo e tudo tranquilo até que um raio de luz mágica apareceu, o que fez a menina fechar os olhos pôr um momento e quando abriu, viu uma criatura de pele roxa em forma de mulher, ela era uma mistura de fada, vampira e troll. A criatura estava com uniforme de empregada e parecia amigável.
–Bom dia vossa alteza! Dormiu bem?-disse a criatura
Charlote encarou a criatura por um tempo até que começou a gritar.
–Ah! Um monstro! Um monstro!- gritava enquanto apontava o dedo para a criatura