Lucinda, O Arauto da Morte

No momento em que a buzina soou, foi como se um interruptor tivesse sido acionado dentro do cara na minha frente.

Ele podia estar me implorando para não machucá-lo antes, mas agora estava me olhando com uma raiva insana que eu só tinha visto no rosto do Pai algumas vezes.

Este homem queria me matar, e não aceitaria nada menos que isso.

Bem, ótimo para ele.

Ele avançou como um personagem de desenho animado, com o punho direito já armado. Sem tentar disfarçar seu ataque, zombei dele. Ele estava mirando pelo menos três polegadas acima da minha cabeça. Não havia como aquele soco causar qualquer dano.

Acabou que eu estava errada.

Com minha nova altura, meu oponente me mandou voando de volta para a areia do fosso, a cartilagem do meu nariz fazendo um som nojento de esmagamento. O sangue jorrou livremente do meu nariz agora quebrado enquanto eu balançava a cabeça.

Limpando meu nariz com a manga comprida da minha camisa, inclinei minha cabeça para o lado.

Isso era uma puta sacanagem.