Abri um olho e vi o bom doutor agachado ao lado da minha cama, com um pano úmido na mão enquanto gentilmente limpava o sangue seco.
"A porta está fechada?" sussurrei, minha voz tão suave e fraca.
"Está," assentiu o doutor. "Mas você pode parar com a encenação. Não tem ninguém aqui além de nós, e essa merda deve ser cansativa."
"Não sei," respondi com um leve dar de ombros enquanto fechava os olhos novamente. Eu não estava relaxada, nem de longe. Só porque eu achava esse cara atraente não significava que eu confiava nele. Isso exigiria um pouco de esforço da parte dele. "É cansativo se manter viva?"
O homem bufou enquanto pressionava o galo na minha cabeça, me fazendo estremecer. "Você não acha que viver é a coisa mais cansativa de todas?" ele perguntou. Houve o som de água sendo torcida do pano antes que a compressa fria fosse colocada de volta na minha cabeça.