Eu estava ficando um pouco cansada de ser olhada como se fosse louca. Por outro lado, se o rótulo servia, quem era eu para questionar?
"Não é assim que a música vai," anunciou Evelyn, seu olho direito tremendo enquanto me encarava.
"Sim, é," respondi, franzindo o nariz.
"Não, realmente não é," ela disse, revirando os olhos. "Não pode passar por cima, não pode passar por baixo, tem que passar através."
"Você está louca?" exigi, arregalando os olhos. "Quem em sã consciência olharia para aquela parede e pensaria que pode atravessá-la! Claramente, você passa por baixo."
"Não de acordo com a música," retrucou Evelyn, claramente incapaz de desistir desse ponto.
"Tá bem," suspirei. Essa não era a batalha que eu iria travar. Se Evelyn queria que as pessoas atravessassem a parede... que assim fosse. "Mas aposto que minha versão era a que ele estava cantando para si mesmo."