Humanos Nunca Mudam

Avançando, o musgo ficou um pouco mole, como se estivesse cobrindo algo mais do que apenas terra sólida. O fedor de podridão e decomposição subiu, apenas para ser afastado pela flor em minha mão.

Era quase como se a flor estivesse se ofendendo com o fedor por me alcançar.

"Obrigada," murmurei, acariciando as pétalas lisas e sedosas. "Mas não me importo com o cheiro de decomposição."

A flor assentiu alegremente mesmo quando Beau franziu o nariz com nojo. "Você pode não se importar, mas definitivamente não é o meu favorito," resmungou o Pecado enquanto olhava ao redor. "Mas não vejo ossos."

"Ossos?" repeti, animando-me um pouco.

"Deveria levar mais de 20 anos para o esqueleto humano se decompor completamente. Mesmo nestes tipos de condições, ainda deveria levar mais de quatro anos. Mas não há nada. Nem um único osso, nenhuma carne, e ainda assim o fedor da morte permanece," murmurou Beau, agachando-se para cutucar o musgo.