Com um suspiro profundo, Michael começou a correr.
Ele se movia como um borrão pela noite, sua velocidade inumana transformando o mundo ao seu redor em uma mancha de vento e sombra.
Ele não estava tentando se esconder, mas chamar atenção também não era do seu interesse.
Os arredores de Portoluz se estendiam por quilômetros.
Mas conforme Michael avançava, o ambiente começou a mudar.
As luzes ficaram mais brilhantes. Ruas mais organizadas. Sinais de civilização retornaram.
E finalmente, a cidade o recebeu.
Portoluz parecia viva.
O aroma de comida de rua pairando no ar mesmo tão tarde e tantas outras coisas—tudo isso contrastava com a memória das ruas silenciosas e desoladas de Woodstone.
Prédios altos se erguiam à distância, suas janelas de vidro cintilando com luz.
Lojas permaneciam abertas, mesmo depois da meia-noite.
Painéis digitais exibiam anúncios e boletins de notícias.