A lua crescente brilhante

Se não fosse pelo medo que a dominava, Sylvia teria se sentido completamente humilhada.

Ela sabia e entendia que agora era apenas uma escrava e que uma escrava era frequentemente usada para sexo, mas ainda não estava mentalmente preparada para isso.

Como alguém poderia se preparar para algo assim?

O homem, no entanto, parecia não se importar nem um pouco com o que ela sentia. Ele estava absorto demais em seus próprios pensamentos.

Sylvia mordeu os lábios envergonhada quando ele deu mais uma olhada em sua parte íntima mais privada e então suspirou em desagrado.

Quase parecia que ele estava procurando algo, mas também poderia ser apenas mais um pervertido comum observando o corpo de uma mulher de vários ângulos.

Antes que Sylvia pudesse reunir coragem para abrir a boca, o homem se recostou e jogou a espada em sua mão sobre a cama.

Ele então rapidamente vasculhou dentro de uma bolsa de couro amarrada à sua cintura e logo tirou uma gema semelhante a uma pérola de dentro.

Assim que ele trouxe a pérola para perto dela, Sylvia pôde sentir estranhamente todo seu corpo formigar.

Ela estava extremamente confusa e curiosa.

Mas ela realmente não tinha espaço mental para pensar sobre isso agora.

Ela apertou os ombros firmemente com os braços, não para cobrir seu corpo já que era impossível fazê-lo, mas sim para se confortar mesmo que fosse apenas um pouco.

Os olhos do homem finalmente notaram sua expressão e uma risada fria escapou de seus lábios.

"Isso acabará logo." Ele disse.

Ele trouxe a pérola para perto dela e novamente começou a devorar seu corpo com os olhos.

Por sorte para Sylvia, desta vez não foi tão embaraçoso e não durou muito.

No entanto, por azar dela, seus olhos pousaram no centro de seu peito.

Sua mão então seguiu seus olhos enquanto ele levantava o dedo indicador e circulava um ponto em seu peito.

Os olhos de Sylvia seguiram curiosamente suas ações e um alto suspiro escapou de seus lábios.

Em seu peito, onde o homem estava circulando seu dedo, havia uma pequena marca brilhante.

Sim, brilhante.

Por que diabos estava brilhando? O que ele fez comigo?

Sylvia deu um passo para trás, seus olhos e rosto pintados com choque e descrença.

Havia uma pequena marca em forma de crescente no centro de seu peito brilhando intensamente.

Ela olhou para a marca e então olhou para o homem frio e cruel, que agora estranhamente parecia contente e satisfeito como se tivesse valido seu dinheiro.

Ele também não ficou mais por perto e saiu, jogando um pedaço de tecido de seda que estava sobre a cama em sua direção.

O homem então fechou a porta ruidosamente e deixou a câmara, deixando para trás uma Sylvia completamente nua e perplexa.

O que diabos estava acontecendo? Ela se perguntou, seus lábios entreabertos e sua respiração ofegante.

Sylvia se agachou em um canto da câmara e abraçou seus joelhos, ainda tremendo com as consequências do que acabara de acontecer.

Ela agarrou o fino lençol de seda, agora enrolado em seu corpo como se sua vida dependesse disso.

Demorou um tempo para Sylvia se acalmar.

Na verdade, ela esperava uma série de eventos completamente diferente. Ela pensou que o homem iria devorá-la por inteiro ali mesmo.

E ela não sabia se o que aconteceu agora era melhor ou pior que isso.

Ela respirou fundo mais algumas vezes e se acalmou, quando de repente a porta rangeu novamente, tornando todos os seus esforços em vão.

Sylvia entrou instantaneamente em pânico e se moveu para mais perto do canto, pressionando seu corpo frágil contra a parede, buscando seu suporte e proteção inexistentes.

Ao mesmo tempo, sua cabeça inclinou-se levemente e ela não pôde deixar de espiar nervosamente através de seus cabelos prateados para ver quem havia entrado.

Uma mulher de meia-idade vestida em um uniforme de criada impecável estava parada à porta.

A mulher a observava, seu rosto cheio de uma mistura de pena e intriga.

Em sua mão havia uma bandeja do que parecia e cheirava a comida.

Sylvia relaxou um pouco, seus olhos ainda mantendo uma boa dose de ansiedade.

Seu estômago, no entanto, inequivocamente gemeu e roncou de fome.

"Gostaria de comer algo, querida?" A mulher de meia-idade finalmente abriu a boca e falou.

Claramente, ela também tinha ouvido o grito embaraçoso de socorro de seu estômago.

Sylvia assentiu hesitante.

Ela não sabia exatamente o que a aguardava no futuro próximo, mas agora, um prato de comida quente soava bem aos seus ouvidos.

"Levante-se querida. Venha aqui e sente-se confortavelmente enquanto come." A criada acenou com a mão e a chamou.

Sylvia novamente assentiu obedientemente com a cabeça e se levantou, apertando firmemente o cobertor e se aproximou da criada.

Além da cama, havia também uma mesa e uma cadeira no quarto.

A bandeja de comida foi colocada na mesa, então Sylvia sentou-se na cadeira.

Ela ajustou seu lençol para garantir que nada estivesse exposto, mas no geral ainda parecia muito desconfortável.

"Aqui está. Coma um pouco. Você se sentirá melhor." A criada a encorajou.

Ela abriu a tampa que cobria a bandeja e revelou uma generosa porção de carne, batatas e uma xícara de caldo.

O calor e o cheiro da comida fresca a confortaram muito e Sylvia imediatamente começou a comer.

Lenta e hesitantemente no início, mas logo engoliu tudo que estava no prato.

A criada, que estava pacientemente esperando por ela, em pé ao lado, prontamente levou a bandeja vazia.

"Se ainda estiver com fome, posso trazer mais?" Ela perguntou gentilmente.

Sylvia assentiu rapidamente. Ela não comia nada pelo que parecia uma eternidade e estava terrivelmente faminta.

A criada riu de suas expressões infantis.

"Está bem querida, fique aqui. Deixe-me trazer mais para você. Também trarei algumas roupas para você trocar?" Ela sorriu e assentiu.

"Obrigada por sua gentileza, Senhorita...?"

"Oh! Ha ha. Não sou uma Senhorita. Por favor, me chame de Jane, querida. Sou apenas uma criada aqui."

Um pequeno sorriso surgiu no belo rosto de Sylvia e ela assentiu educadamente.

Ela viu que Jane estava prestes a sair e rapidamente a deteve, puxando seu vestido.

"Ummm... Ummm... Jane. Posso perguntar quem é o mestre desta casa?"

"Casa?" A criada exclamou surpresa.

"Não, querida. Você está atualmente no castelo privado do Príncipe Mikel."