"Hmmm... O culpado quer confessar ou devo descobrir a verdade por conta própria?"
Ambas as partes engoliram em seco após ouvirem a voz severa de Mikel.
Eles rapidamente retrucaram, quase ao mesmo tempo, até mesmo suas respostas combinando em intensidade.
"Não fui eu!"
"Não fui eu!"
Mikel murmurou silenciosamente e ignorou o pequeno garoto enquanto seus olhos fitavam a bela mentirosa.
"Theo. Por que você não espera lá fora por um minuto?" Ele falou sem tirar os olhos da mulher. "Ah, e leve o Cas com você."
Theodore assentiu e levou o pequeno garoto com ele, que agora estava completamente encharcado de suor, e desviando os olhos para todos os lados como o pequeno travesso que era.
Seus grandes olhos redondos piscaram e olharam para Sylvia, sentindo-se extremamente mal por suas ações anteriores.
Ele a observou enquanto Theodore fechava firmemente a porta da carruagem atrás deles.
Sylvia não pôde evitar tremer levemente.
Ela limpou a palma da mão em seu vestido, sentindo a pressão esmagadora de estar sozinha com o diabo.
"Eu posso superar isso. Eu posso superar isso." Ela murmurou baixinho.
Mikel a observava, seus olhos visivelmente apreciando seu tormento.
Ele tomou seu tempo antes de levantar a mão e estalar os dedos para chamar sua atenção.
"Venha aqui." Ele disse, dando tapinhas no assento ao seu lado, onde anteriormente Cassius estava sentado.
Sylvia engoliu em seco e olhou para ele. O que ele está tramando agora? Ele vai me punir? Seu coração disparou.
Isso tudo era culpa daquele maldito garoto!
Ela sabia que não podia recusar, então relutantemente se levantou e sentou-se ao lado dele, embora na beira do assento.
Ela esperava que o diabo ficasse satisfeito apenas com isso, infelizmente, ele não ficou.
"É aí que eu pedi para você sentar? Preciso me repetir novamente por algo tão simples?" O homem murmurou irritado, passando os dedos pelos cabelos dourados.
Sylvia balançou a cabeça e imediatamente se levantou para sentar um pouco mais perto, no entanto, ainda estava longe de onde ele havia apontado.
Sem dar a ela outra chance de corrigir seu erro, o diabo suspirou exasperado, sua mão disparando para frente.
Mikel puxou a garota relutante para mais perto, sua mão agarrando sua cintura, só a soltando quando ela estava sentada bem ao lado dele, colada ao seu lado.
Ah~ Sylvia ofegou levemente ao ser pega de surpresa.
"Agora me diga." Os longos cílios do homem se moviam para cima e para baixo enquanto ele procurava respostas no olhar da mulher. "Você comeu o doce dele?"
Sentindo o olhar intenso do homem, sentada tão perto dele, Sylvia se sentia como um animal encurralado sem para onde fugir.
Ela amaldiçoou o maldito diabo em seu coração. Não era apenas um doce estúpido? Ele não podia deixar isso pra lá?
Que interrogatório era esse como se ela tivesse cometido um assassinato?
"Não comi. Não comi." Sylvia murmurou, seus olhos percorrendo o chão da carruagem e suas palavras mal audíveis.
Ela estava determinada a mentir descaradamente e negar essa acusação maluca!
"Hmmm... Então minha escrava está mentindo para mim. Me pergunto que punição eu deveria dar?"
"Afinal, mentir é algo que não posso tolerar facilmente."
Esse homem desprezível! Sylvia virou os olhos para olhá-lo com descrença.
Ele não me puniu por quase matá-lo com uma flecha envenenada, mas vai me punir por mentir sobre um doce??!!!
Isso era completamente insano!
Esse homem era um lunático!
Talvez por estar com raiva dessa injustiça, ela manteve sua mentira e teimosamente manteve sua posição.
"Eu não comi nenhum doce, Mestre." Ela apertou sua saia firmemente e respondeu.
"Ainda mentindo para mim?" As sobrancelhas de Mikel se ergueram em surpresa.
Ele se inclinou mais perto dela como se fosse lamber suas orelhas e sussurrou. "E se eu provar isso para você?"
Prova? Que prova ele poderia fornecer para algo tão estúpido assim?
Sylvia estremeceu, uma leve dúvida surgindo em seu coração.
Será que acabei de cometer um erro prolongando essa estupidez? Deveria ter simplesmente aceitado toda a culpa?
Ela honestamente não conseguia adivinhar qual resultado teria sido pior.
"Que prova, Me... Mestre?" Ela perguntou nervosamente, imediatamente se arrependendo de sua pergunta, assim que saiu de sua boca.
"Heh." Para o desespero de Sylvia, os lábios do diabo se curvaram ainda mais enquanto ele aproximava seu rosto do dela, sua mão agarrando seu queixo.
"Mostre sua língua." Ele disse.
Sylvia entrou imediatamente em pânico. O diabo tinha acertado em cheio.
Alguns doces realmente deixavam uma mancha na língua, azul ou roxa ou laranja ou qualquer que fosse a cor correspondente.
Como eu pude esquecer algo tão simples?!! Droga. Droga. Droga.
Sylvia não era realmente tão estúpida, mas toda essa situação inesperada a tinha tirado do equilíbrio e, consequentemente, ela não pensou em algo tão simples assim.
Já sabendo o veredicto, ela fechou os olhos e lentamente mostrou a língua, aguardando sua punição.