Enquanto os dois se moviam suavemente ao ritmo da melodia, Sylvia não pôde evitar entrar em transe.
O olhar do homem era tão cativante que ela se viu se afogando em suas íris negras.
Logo as pessoas ao seu redor desapareceram, o burburinho ao redor sumiu e até mesmo a melodia deixou de existir.
Tudo o que ela podia ver era o homem à sua frente e o sorriso caloroso e desarmante em seu rosto ridiculamente bonito que era só para ela.
Sylvia sabia que estava dançando com o diabo, sendo segurada tão perto dele que seu perfume fazia cócegas em seu nariz.
Ele a havia intimidado inúmeras vezes, torturado com suas palavras e ações, e até mesmo colocado uma coleira nela.
O homem era pura maldade. Ela sabia disso, mas neste exato momento, todas aquelas más lembranças haviam convenientemente desaparecido e ela não conseguia lutar contra seu encanto.
Era como se ela estivesse sob um feitiço e apreciasse sua atenção, mesmo sabendo que provavelmente não era genuína.