A fumaça tomava o céu de um jeito que até o sol parecia cansado. Em meio aos escombros da velha São Paulo, Luan, 18 anos, corria entre prédios destruídos, pulando entulho e desviando de sombras perigosas. Seu corpo ágil e forte, com músculos moldados pela sobrevivência, se movia como um predador urbano.
Luan não era um herói. Ele era só mais um entre os que sobreviveram à queda do governo, à guerra civil, e à doença que fez metade da população enlouquecer. Mas havia algo nele que o tornava diferente: ele ainda acreditava no amor.
Enquanto entrava em um hospital abandonado para buscar medicamentos, a lembrança de Elena surgiu em sua mente. A garota de olhos verdes que o salvara uma vez, mas desapareceu meses atrás.
Hoje, ele ouviu rumores... ela estava viva.
Luan avançava pelos corredores do hospital, o som de seus passos abafado pelo pó e pelo cheiro metálico de sangue antigo. De repente, um barulho seco — o estalo de um ferro arrastado no chão. Ele se abaixou instintivamente.
— "Tem gente viva aqui..." — pensou, puxando a adaga improvisada presa ao cinto.
No fim do corredor, uma silhueta surgiu com uma postura firme, pronta para atacar. Roupas rasgadas, cabelos presos num coque malfeito, e um olhar que queimava feito fogo em meio à tempestade.
Era Elena.
Luan congelou. O mundo parou por um instante.
— “Luan?” — ela perguntou, surpresa, mas com a arma ainda levantada.
— “Sou eu... É você mesmo? Elena?”
Ela baixou lentamente a barra de ferro e andou até ele. Quando ficaram frente a frente, as palavras sumiram. Os dois haviam mudado. Ela tinha uma cicatriz no rosto, ele tinha o olhar mais duro.
— “Achei que você tivesse morrido...”
— “Morrer... quase todo dia. Mas lembrar de você me segurou.”
Eles não se abraçaram. Ainda não. Aquilo era o fim do mundo. Mas naquele olhar, havia a promessa de algo além da dor.
E foi aí que o chão tremeu. Explosão. Gritos ao longe. Sirenes improvisadas.
A gangue dos Falcões Negros estava invadindo a zona oeste. E eles matavam tudo que se movia.
Elena puxou Luan pelo braço, sem cerimônia.
— “Se quiser viver... me segue.”
Fuga & Fogo
As ruas pareciam um campo de guerra. O céu alaranjado refletia nas janelas quebradas dos prédios enquanto gritos ecoavam entre os becos. Luan e Elena corriam lado a lado, ela com a barra de ferro, ele com a adaga improvisada. Suados, feridos, mas vivos.
Atrás deles, os Falcões Negros vinham como um enxame — homens e mulheres armados até os dentes, rostos cobertos por máscaras de metal, rindo enquanto disparavam contra tudo.
Eles viraram à esquerda, pulando por cima de um carro tombado, e Elena parou abruptamente.
— “Ali!” — Ela apontou para um contêiner metálico escondido entre ruínas.
Dentro, quatro crianças e uma senhora tremiam de medo.
— “A gente não pode deixá-los.”
— “Não temos armas suficientes!” — Luan rebateu, ofegante.
— *“Então vamos virar armas.”
Ela se posicionou na entrada com uma postura de guerreira. Luan a olhou por um segundo, como se estivesse vendo pela primeira vez. Os olhos dela estavam diferentes. Menos medo. Mais força.
— “Lá vem eles.”
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Cena de ação – Coreografada como um mangá
Quadro 1: Elena avança com a barra de ferro e acerta o primeiro inimigo com um golpe seco no pescoço.
Quadro 2: Luan desliza no chão e enfia a adaga na coxa de um segundo inimigo, que grita e cai.
Quadro 3: Um Falcão aponta uma arma para uma criança. Elena se joga na frente e leva um tiro de raspão no ombro.
Quadro 4: Luan entra em modo brutal. Ele crava a adaga no peito do atirador, olhos tomados pela raiva.
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Eles derrotam o pequeno grupo, mas Elena está sangrando.
— “Você tá bem?”
— “Não é nada. Já tive piores.”
Luan rasga a própria camiseta e amarra o ferimento. As crianças observam os dois como heróis.
Depois de tudo, já escondidos num antigo teatro destruído, as crianças dormem. Luan e Elena sentam juntos, lado a lado.
— “Você se tornou alguém que eu admiro, sabia?” — Luan diz.
Ela sorri de leve, apesar da dor.
— “E você… é a única parte do mundo que ainda me faz sentir viva.”
Eles se olham. Se aproximam. E pela primeira vez desde o caos, se beijam. Não como fuga. Mas como promessa. Capítulo 3 – Corações em Guerra
O silêncio do amanhecer foi quebrado por um rugido. O chão tremeu, janelas estouraram. A Fortaleza dos Falcões Negros havia localizado o esconderijo no teatro abandonado.
Luan acordou de súbito, sacando a adaga instintivamente. Elena já estava em pé, sangue seco no ombro, os olhos alertas.
— “Eles nos acharam.”
Sem tempo pra pensar, Luan puxou Elena pela mão. As crianças ainda dormiam. Uma explosão abriu uma cratera onde antes havia a parede de entrada.
O líder dos Falcões apareceu — Arkan, dois metros de brutalidade, máscara com dentes de ferro, e um machado que mais parecia uma porta cortada ao meio.
— “Tragam a mulher. Matem o resto.”
—
Cena de combate – Brutalidade total
Quadro 1: Luan avança contra um inimigo e o golpeia direto no pescoço, o sangue jorra contra a parede do teatro.
Quadro 2: Elena derruba dois homens com golpes precisos, mas leva uma coronhada que a joga contra uma pilastra.
Quadro 3: Arkan se aproxima de Elena. Luan grita e pula em cima dele, mas é jogado contra a parede com um soco monstruoso.
Quadro 4: Elena se levanta com os olhos cheios de lágrimas e sangue escorrendo da boca.
—
Romance em meio ao caos:
Luan sangrando, o rosto coberto de fuligem, rasteja até ela.
— “Você não vai morrer aqui. Eu juro.”
Ela sorri com dificuldade.
— “Então me beija. Como se fosse a última vez.”
E ele beija. Um beijo desesperado, selvagem, entre sangue e destruição. Um beijo de quem sobreviveu ao inferno — e ainda escolhe amar.
Arkan se aproxima. Luan se vira, olhos inflamados.
— “Você não vai tirar ela de mim.”
—
Clímax da luta:
Luan usa uma barra de ferro em chamas e atravessa o tórax de Arkan com um grito animal.
Os dois caem. Luan desmaia. Elena corre até ele. Ele está vivo — por pouco.
—
Cena final do capítulo:
Dias depois, eles estão num abrigo seguro. Elena costura os cortes no peito de Luan.
— “Você quase morreu.”
— “Mas eu te beijei primeiro.”
Ela ri entre lágrimas e o beija de novo, agora com calma, com certeza.
Ao fundo, os dois filhos que ainda não nasceram — o futuro — parecem ecoar naquele silêncio de paz rara.
Caso gostem do meu livro continuarei com ele!! Mais pra frente com o nascimento dos filhos deles, muito obrigado por ler até aqui caso gostem e queira que continue curte e salve, caso queiram falar comigo ou me dar ideia me mande no whatsapp 34991444535.