LauraRave

"P-por favor, me deixe ir..." gaguejei e, antes que eu percebesse, estava vomitando palavras enquanto chorava. "—Não vou voltar. Você nunca mais vai me ver. Sei que você não me quer como companheira. Você me odeia, então, por favor, me deixe ir." Chorei.

O maxilar de Cain se contraiu a cada palavra que saía dos meus lábios. "O que te fez pensar que você tem poder para escolher o que quer?" Sua voz estava baixa, "Você não decide o quê, como e quando vai embora. Só eu posso fazer isso. Você não pode me deixar, não pode fugir! Você só sai quando eu quiser."

"Eu não pedi por isso," sussurrei, tremendo. "Eu não pedi para ser sua companheira."

Cain deu um passo para trás, "Nem eu," murmurou sob sua respiração. "Mas o vínculo não nos dá escolha, não é?"

Como única filha de seu falecido pai Alfa, Avery Jae estava destinada a herdar o legado de sua família. Mas no dia de seu casamento arranjado com o Alfa Lucian, seu mundo desmorona. Rejeitada, humilhada e descartada por sua própria prima, Avery mal escapa com vida apenas para descobrir um segredo muito mais profundo. Um que muda tudo.

Quando Avery desperta, ela se encontra em uma terra estrangeira, capturada pelos guardas implacáveis do bando Vehiron, liderado pelo infame Alfa Cain. Alto, forte e tão perigoso quanto o exército que comanda.

O Alfa Cain tem uma reputação que causa arrepios até nos guerreiros mais perigosos. Assombrado por seu passado sombrio, ele jurou nunca ter uma companheira, mas no momento em que põe os olhos em Avery, tudo muda.

Com uma única palavra, Avery está ligada a Cain—quer ele queira ou não. Em um mundo onde a traição corre profunda, será que Avery pode confiar no alfa que pode ser seu pior inimigo.

Traída pelo Sangue, Reclamada pelo Alfa

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O quarto estava estranhamente silencioso.


Cain estava parado na porta, imóvel. Seu olhar permanecia fixo na cama... nela.


Avery estava completamente imóvel, seu rosto pálido contra os lençóis escuros. Se não fosse pela lenta e superficial subida e descida de seu peito, ela poderia parecer sem vida.


Quatro malditos dias desde que ela desmaiou em seus braços. Quatro dias queimando e congelando ao mesmo tempo, seu corpo preso em uma batalha que nem mesmo os curandeiros conseguiam explicar.


Cain mal havia saído deste quarto. Mal respirava sem ouvir a respiração dela. A única vez que ele não estava vigiando-a era quando não tinha escolha a não ser sair para lidar com assuntos que se recusavam a esperar.


Mas toda vez que fechava os olhos, via a masmorra. Via ela parada lá, tremendo. Via o corpo carbonizado e queimado de Hugh no chão.


Capítulo 171