Natalie~
Uma névoa espessa me cercava, pesada e consumidora, como se eu estivesse submersa nas profundezas da água. Meus membros pareciam sem peso, mas pesados, como se eu estivesse flutuando em um abismo sem sonhos por toda a eternidade. Não havia nada além da escuridão. Sem noção de tempo. Sem memórias claras. Apenas um estranho vazio nebuloso que parecia ao mesmo tempo familiar e estrangeiro.
Onde... estou?
Quem... sou eu?
Os pensamentos eram lentos, como se minha mente estivesse atravessando lama espessa. Eu tentei alcançar algo, mas não havia nada—sem paredes, sem calor, sem indicação de onde eu estava ou como tinha chegado ali.
E então eu ouvi uma voz.
Uma voz feminina sonolenta, rouca como alguém acordando do sono mais profundo.
"Caramba, essa foi a maior soneca de todas." A voz bocejou. "Ugh, meu corpo parece que esteve dormindo por séculos... Espera. Há quanto tempo estou apagada? A última coisa que me lembro foi quando estávamos nos preparando para reencarnar."