A Marca da Lua

Zane~

Já enfrentei feras na natureza. Sobrevivi a tentativas de assassinato e encarei os olhos de monstros antigos que sussurravam morte como canções de ninar. Mas nada—absolutamente nada—me preparou para isso.

Natalie.

No momento em que ela se soltou, no momento em que seu corpo cintilou e se transformou naquela tempestade ofuscante de luz e poder, esqueci como respirar.

Sua transformação não foi apenas uma mudança—foi uma declaração. Uma ressurreição.

E quando ela emergiu, erguendo-se naquele pelo branco-prateado que absorvia a luz e a espalhava como vaga-lumes, o mundo parou de girar.

Suspiros. Gritos. Silêncio atordoado.

Então, como se puxados por um fio invisível, cada lobo e não-lobo naquele salão de baile—Alfas, Betas, Anciãos, nobres, Vampiros, Bruxas—caíram de joelhos.

Todos. Sem. Exceção.

Incluindo o rei. Meu pai.

Exceto eu. Estava ocupado demais olhando para ela, agarrando meu peito como se as batidas do meu coração tivessem se adiantado à música.