Chin não era um herói, um guerreiro ou um gênio... Ele era só mais um samurai de uma mão só.
Grão-mestre do lendário Clã dos que não tomavam banho, campeão invicto da "Maratona de Hentai de 48 Horas" e morador orgulhoso do próprio quarto desde a pandemia.
Mas tudo mudou naquele fatídico dia — quando a combinação letal de energéticos baratos, miojo vencido e 37 abas de waifus abertas fritou de vez o coração dele.
E assim começou sua grande aventura isekai...
"Q-Que lugar é esse... Onde eu tô? Eu morri? Quem é você?" — balbuciou nosso querido protagonista, tonto, pelado e desconfortavelmente pegajoso, em pé num plano espiritual brilhante.
Ele tinha chegado no pós-vida.
"Ochinchin, bem-vindo... Isso aqui é o que vocês humanos chamam de paraíso" — disse uma mulher voluptuosa, com peitos tão absurdos quanto suas vestes esvoaçantes, e uma voz que ecoava com uma insolência divina.
"Meu nome é Chin. Não Ochinchin." — respondeu ele, vermelho de vergonha, no instante em que ela terminou a frase.
"Cof, cof… Ochinchin, por favor, lhe imploro: sei que é muita informação, mas preciso que salve uma outra dimensão da terrível Rainha Demônio" — suplicou Irys, a Deusa da Reencarnação, com um olhar tão desesperado que faria o Jeffrey Dahmer se sentir culpado.
"Espera—" — Mas antes que ele pudesse terminar a frase, uma luz cegante o envolveu e — poof — ele sumiu.
"Ugh, finalmente. Que nome esquisito. E o cheiro aqui dentro tava criminosaço. O cara se masturbou tanto que a alma veio... empanada. Nojento." — murmurou Irys, se abanando com um pergaminho e quase vomitando.
"Próximo otário da fila..."
Enquanto a alma (minimamente) purificada de Chin era lançada à força pro mundo mortal, nossa atenção se volta pro outro protagonista dessa história: Takashi.
Ao contrário de Chin, Takashi era o queridinho: ajudava velhinhas a atravessar a rua, doava pras pessoas em situação de rua, tirava 10 em tudo na faculdade.
A única coisa que ele e Chin tinham em comum? Eram dois tarados de marca maior.
Virjões convictos, com energia sexual reprimida o bastante pra abastecer uma hidrelétrica. Só Deus sabia o que rolava atrás das portas dos quartos desses dois...
Ainda assim, desde que foi reencarnado, Takashi tinha um objetivo: finalmente comer alguém.
Num campo cheio de flores coloridas, slimes estavam sendo obliterados em velocidade de anime shonen.
Duas feiticeiras — Ember e Ruby — ambas com cabelos ruivos, olhos castanhos hipnotizantes e corpos moldados por deuses tarados, lançavam bolas de fogo como se tivessem jogando de Lux.
Takashi surgiu da fumaça, cortando os últimos slimes com maestria cirúrgica.
Virou para as garotas num ângulo de perfil clássico de anime, exalando testosterona.
"Heh, a gente realmente faz um bom time, hein garotas" — disse ele, transbordando segundas intenções como o Elon Musk na Casa Branca.
"Sim... estamos felizes por ter te conhecido... mas ainda não sabemos muito sobre você" — responderam as gêmeas, com vozes só um pouquinho mais sensuais que o normal. Isso é permitido?
"Vamos entregar a missão, pegar a recompensa, upar… e depois a gente aproveita o restinho do dia." — Ô safado! Só tá com essa confiança toda porque a reencarnação deu upgrade na lataria dele.
O cara basicamente virou um protagonista de isekai genérico. E já tá até com um harém!?
"Mhm..." — ronronaram em uníssono.
O trio seguiu até a Vila Startier, o humilde vilarejo onde tudo começou.
Ao entrar no salão da guilda, todos os olhos se voltaram pra eles.
Murmúrios surgiram, igual fofoca de escola.
"Mano, olha aquele cara. Tá andando com duas gostosas. Lenda viva."
"Não é aquele herói escolhido? Dizem que a Deusa convocou ele pessoalmente."
"Aff, mais um. Essa deusa doida vive invocando nego e eles ou morrem, ou piram, ou usam os poderes pra umas putarias bizarras."
Ignorando os cochichos, Takashi e suas waifus piromaníacas se aproximaram do balcão.
"Conseguimos!" — sorriu Takashi.
Com um gesto, abriu sua Janela de Sistema — uma interface mágica movida a éter, feita pra ajudar na evolução da humanidade.
Ela mostrava o contador de abates e os requisitos da missão, tudo certinho.
"Tudo certo por aqui. Bom trabalho" — disse a recepcionista, entregando um saco de moedas de prata — mais do que qualquer camponês ganharia num mês.
E de quebra, todo o grupo upou de nível. Uma janelinha com os status apareceu na frente de cada um.
As garotas jogaram todos os pontos em Inteligência. Mas o nosso herói? Ah, não...
Takashi desde o começo vinha colocando todos os pontos em Vigor.
Safado. A gente sabe muito bem o que ele tá planejando.
"Então... que tal a gente descansar um pouco? Foi um dia puxado." — sussurrou ele, se inclinando sedutoramente pras garotas.
"Claro que sim..." — responderam, completamente hipnotizadas.
Foram até uma estalagem próxima e alugaram um quarto.
O momento havia chegado.
"Vamos tomar um banho..." — disseram elas, lentamente tirando os robes de cima pra baixo.
"Nem precisa. Eu gosto assim mesmo..." — disse Takashi, tremendo — não de medo, mas de pura determinação libidinosa.
Elas se aproximaram, uma de cada lado, beijando ele suavemente enquanto as mãos desciam rumo às calças.
Desafivelaram o cinto.
E quando os dedos delicados puxaram a última barreira — a cueca — o tempo pareceu parar.
E então... elas viram.
A espada sagrada de Takashi. A varinha carnal proibida. O Artefato Amaldiçoado +69.
Mas tinha algo… errado.
Ela se mexeu. Depois, de novo. E então—
"QUE PORRA É ESSA?! ONDE TÔ, CACETE?!" — gritou Chin.
As duas garotas desmaiaram na hora. Ver uma rola com boca e olhinhos falando não tava na checklist do dia.
"O que... é isso..." — Takashi murmurou. "Por que meu pau tá falando?"
Ele parou, tentando entender a situação. Enquanto isso, seu pênis também parecia estar em profunda reflexão.
O ângulo… o cheiro masculino… a sensação esquisitamente quente...
Claro. Não havia outra explicação.
Ele tinha reencarnado... como a "Espada" do Herói dessa história.