Capítulo 4: Sombras de Adão: O Jogo de Lex Luthor"

Cena: Metrópolis, Após o Confronto com o Parasita

O ar ainda vibrava com a energia do confronto. O Parasita, agora imobilizado por correntes reforçadas de titânio fornecidas pelo Laboratório S.T.A.R., rosnava baixo, seus olhos roxos faiscando de frustração. Liam, com o uniforme do Superman impecável apesar da batalha, cruzou os braços e o encarou.

"Rudy, você não é do tipo que planeja fugas sofisticadas. Quem abriu sua cela?" perguntou Liam, sua voz firme, mas com um tom que exigia respostas.

O Parasita riu, um som gutural. "Você acha que eu conto tudo, boyscout? Digamos que um certo careca com um terno caro me deu um empurrãozinho. Ele sabia que você não resistiria a um ônibus cheio de pirralhos gritando."

Liam estreitou os olhos. Lex. Claro que era ele. Sempre movendo as peças no tabuleiro, mesmo de dentro de uma cela. Ele ativou o comunicador em seu ouvido. "S.T.A.R., confirmem a segurança do Parasita e investiguem a brecha no sistema de contenção.

Quero relatórios detalhados. E... verifiquem qualquer atividade ligada à LexCorp."

"Entendido, Superman," respondeu uma voz técnica do outro lado.

Liam olhou para o céu noturno de Metrópolis, as luzes da cidade refletindo em sua capa vermelha.

Ele precisava ir até a prisão agora. Lex estava brincando com vidas para desviar sua atenção, e isso não podia continuar.

Cena: Prisão de Metrópolis, Cela de Alta Segurança.

Lex Luthor estava sentado em uma cadeira improvisada, cercado por painéis holográficos que ele claramente havia montado com peças contrabandeadas.

O brilho azul dos monitores iluminava seu rosto, destacando o sorriso confiante. Quando Liam entrou, flutuando a poucos centímetros do chão, o campo de força da cela zumbiu, mas não o deteve.

"Kal-El," Lex saudou, sem se levantar. "Ou devo dizer, Liam? Você é tão previsível. Um ônibus em perigo, e lá vai o herói, correndo para salvar o dia."

Liam pousou, os braços cruzados. "Você colocou crianças em risco, Lex. Isso é baixo, até para você."

Lex deu de ombros, o sorriso nunca vacilando. "Risco calculado. Eu precisava de tempo para ajustar alguns... projetos. E você, como sempre, caiu direitinho na distração. O Parasita foi só um bônus."

"Que projetos?" Liam deu um passo à frente, o tom endurecendo.

"O que você está tramando com a Supercorp? E aquele holograma ridículo, LL-01? Está tentando brincar de Jor-El agora?"

Lex riu, inclinando a cabeça. "O LL-01 foi um toque de gênio, admita. Um lembrete de que eu conheço você melhor do que você mesmo. Quanto à Supercorp..."

Ele se levantou, caminhando até o limite do campo de força.

"Digamos que estou garantindo que meu legado continue, com ou sem você no comando. Mercy é persuasiva, não é? Mas ela não te contou tudo."

Liam franziu a testa. "Se você machucar qualquer um daqueles cientistas, Lex

— "Por favor," Lex interrompeu, revirando os olhos. "Eu não machuco mentes brilhantes. Eu as utilizo. A questão é: o que você vai fazer, Superman?

Assumir a Supercorp e jogar pelas minhas regras, ou tentar desmantelá-la e deixar centenas de gênios desempregados? Escolha difícil, não é?"

Liam sentiu a raiva crescer, mas respirou fundo.

Ele sabia que Lex estava tentando manipulá-lo, como sempre.

"Você não me controla, Lex. E não vou deixar você transformar a Supercorp em outra arma contra Metrópolis.

Lex ergueu uma sobrancelha. "Então prove. Mas cuidado, Liam. Enquanto você está aqui, outros planos meus já estão em movimento. E nem mesmo você pode estar em dois lugares ao mesmo tempo."

Cena: Metrópolis, Quartel-General da Supercorp, Meia-Noite

Liam, como Superman, flutuava acima do arranha-céu da Supercorp, o símbolo da Casa de El brilhando sob as luzes de Metrópolis.

Após confrontar Lex na prisão e confirmar que a fuga do Parasita foi uma distração orquestrada, ele sabia que os planos de Luthor estavam escondidos naquele prédio. Lex sempre jogava em múltiplas camadas, e Liam precisava ser mais rápido e esperto.

Com sua visão de raio-X, ele escaneou o edifício. Os andares superiores pareciam normais: cientistas, servidores, protótipos. Mas, no subsolo, uma câmara blindada com paredes de chumbo bloqueava seus poderes. Chumbo.

Típico Lex, pensou Liam, descendo até uma entrada de serviço. Com um toque preciso, desativou o alarme em milissegundos.

Cena: Câmara Secreta da Supercorp

O elevador secreto abriu-se para uma câmara ampla, iluminada por luzes verdes pulsantes.

No centro, um dispositivo cilíndrico, coberto de circuitos brilhantes, girava em uma plataforma. Hologramas exibiam mapas de Metrópolis, órbitas planetárias e um modelo de Krypton. Nos painéis de controle, a palavra "Projeto Adão" brilhava em vermelho.

Liam avançou, os sentidos em alerta. "Lex, o que é isso agora?" murmurou.

Um holograma de Lex Luthor (LL-01) ativou-se, com um tom calculado. "Kal-El, ou Liam, se prefere. Chegou até aqui. Curiosidade ou tolice?"

Liam cruzou os braços. "O que é o Projeto Adão, Lex?"

O holograma sorriu. "Um novo começo para a humanidade. Uma rede de satélites com tecnologia kryptoniana reversa, projetada para neutralizar ameaças alienígenas... como você, se necessário. Está quase pronto."

Liam examinou o dispositivo. Sua visão microscópica detectou kryptonita sintética nos circuitos. Neutralizar. Ele quer me apagar. Mas os mapas de Metrópolis

— com alvos como usinas, reservatórios e o Daily Planet

— sugeriam mais. Isso era controle, não defesa.

"Você nunca cansa, Lex," disse Liam, contendo a raiva. "Quer transformar Metrópolis em seu tabuleiro."

Lex riu pelo holograma. "E você acha que pode salvar todos sem escolhas difíceis?

Os cientistas lá em cima construíram o Adão por um futuro sem deuses. Mercy os inspirou, eu os guiei. Se destruir isso, acaba com a vida deles. Escolha: herói ou tirano?"

Uma voz interrompeu. "Ele não está sozinho.

Mercy emergiu das sombras, segurando um tablet com dados criptografados. "Superman, Lex escondeu a verdade até de mim. O Projeto Adão não é só defesa."

Liam virou-se, desconfiado. "Fale, Mercy."

Ela ativou o tablet, mostrando documentos da LexCorp.

O Adão controla energia, comunicações, até arsenais nucleares. Lex quer forçar governos a obedecê-lo. Se falhar, ele culpa você pelo caos."

Liam processou a informação. Lex não queria apenas neutralizá-lo; queria poder global e usar Superman como bode expiatório.