Cap 27

Laila Fernandes 

Assim que o Collin estaciona o carro abro um enorme sorriso maravilhada com o que vejo, estamos em um campo aberto no alto de uma colina, é como se fosse uma espécie estacionamento de balões, o céu este azul e o sol brilha cheio vida, mas a uma suave brisa que refresca o ar e nos deixa mais confortáveis.

Laila_ Isso é lindo!

Collin_ Gostou? E demais não é?

Laila _ Amei, podemos andar em um desses?

Collin_ Que bom que perguntou, porque vamos sim.

Não me contenho e dou pequenos pulinhos me atirando nos braços dele que me segura firme e me beija com paixão.

Collin _ Pelo visto você gostou da ideia, a maioria das mulheres que vejo nesse lugar tem medo.

Laila _ Você já trouxe a senhorita Sarah aqui?

Collin_ Não, nunca tinha trago nenhuma mulher aqui antes, esse é o meu momento de lazer, eu adoro isso aqui.

Laila _ Sou a primeira então?

Collin_ Sim.

Laila _ Acho que gosto disso.

Collin_ Eu também, e então está pronta?

Laila _ A meu Deus, sim!

Collin_ Então vem.

Ele segura a minha mão e nos saímos andando por uma imensa fila de balões até achegar a um que se destaca sob todos os outros, pelo tamanho e pelas cores, ele é maravilhoso.

Laila _ UAU!

Collin_ O que achou?

Laila_ Estava pensando aqui que esse balão e maravilhoso.

Collin_ Esse é o meu.

Laila _ Tem um balão só seu? Achei que você só pagava para andar por algumas horas.

Collin_ Não, eu piloto, mas hoje o Jeremy aqui pilotará para mim porque estou muito ocupado para prestar atenção em qualquer coisa.

Collin_ E então Jeremy, tudo pronto?

Jeremy_, Sim, senhor, é só subir a bordo.

O Colli me ajuda a subir em seguida se junta para mim, ele ajuda o Jeremy com algumas coisas das quais não entendo nada e logo estamos subindo.

No começo me dá um pouco de medo e eu seguro forte na mão do Collin que percebe a minha tensão e me abraça me fazendo sentir segura e confortável, assim vou reachando lentamente e curtindo a paisagem magnífica.

Laila _ É tudo tão pequeno olhando daqui.

Collin_ Adoro essa sensação sabia, daqui de cima os nossos problemas, as pessoas de quem não gostamos, as nossas inseguranças e medos parecem todos tão pequenos, isso me faz me sentir forte e poderoso.

Laila _, Mas você é forte e poderoso.

Collin _ É assim que você me vê?

Laila_ É assim que todos te vêem, eu, no entanto, vejo um pouco mais.

Collin_ Então diga.

Ele me incentiva a falar.

Laila _ Você é, sim, forte, poderoso e implacável, na posição que ocupa acho que tem que ser assim, mas quando você está com a sua família, principalmente com os seus sobrinhos você demonstra emoções que acredito que poucas pessoas saibam que você tem.

Collin_ E que emoções são essas?

Laila _ Ternura, afeto, carinho e... amor.

Collin_ Quando se trata dos meus sobrinhos você está certa, acho que eles são os únicos que me fazem sair da minha bolha de indiferença.

Laila _ Você também é o tipo de cara que valoriza a família e cuida dos seus e eu amo isso, quer dizer, não tive uma família convencional, mas faria tudo pela minha tia se ela ainda fosse viva e pela Bruna.

Collin_ Falando na sua amiga Bruna eu estava esquecendo de te entregar isso.

Ele tira um envelope do bolso e me entrega.

Laila _ Isso não é o que estou pensando é?

Collin_ O visto definitivo da Bruna.

Laila _ Nossa eu não tenho nem palavras para te agradecer.

Collin_ Falando assim, você parece estar mais feliz com o visto dela do que com o seu.

Laila _ Fiquei feliz com o meu, muito feliz, mas esse era o sonho da Bruna, entendi, e entregar isso a ela significa muito para mim.

Collin_ Fico feliz por poder te proporcionar essa alegria.

Ele fala beijando os meus lábios suavemente.

Laila _ Obrigada.

Respondo com lágrimas de felicidade escorrendo pelo rosto.

Ele beija uma a uma até chegar a minha boca iniciando outro beijo, mas esse é diferente, ele e mais intenso e menos sexual, eu quase posso sentir que… é isso! Esse é um beijo de amor.

Me sinto como naqueles filmes de romance em que a mocinha levanta um pé para trás inconscientemente porque é isso que acabo fazendo.

O passeio dura umas três horas e nós vemos o pôr do sol tomando uma taça de champanhe gelado as bolhinhas fazem cosquinha no meu nariz e eu sorrio divertida.

Laila _ Isso aqui é muito bom.

Collin_ Posso fazer ficar melhor.

Ele fala tomando um gole e me beijando logo em seguida.

Laila _ Tem razão ficou muito melhor mesmo.

Quando pousamos no chão já é por volta de umas sete da noite e eu peço a ele para me deixar na casa da mãe da Marina.

Collin_ Droga!

Ele resmunga quando olha a tela do celular.

Collin_ Vou te deixar na casa da sua amiga, mas não poderei ficar, tenho que ir encontrar o Ricky, a umas trinta ligações dele no meu celular, esqueci que tinha a bendita reunião com os franceses remarcada para hoje em um jantar as nove e o Ricky vai comigo.

Laila_ A tudo bem, a gente se vê depois.

Collin_ Sim, eu te ligo.

Laila _ Como assim, você tem o meu número?

Collin_ Claro que tenho, está no seu contrato.

Laila _ A é mesmo.

Falo sem graça.

Ele para em frente a casa e após uns quinze minutos de amassos ele vai embora.

Toco a Campânia toda sorridente, mas tento ocultar a minha felicidade quando a Marina abre a porta.

Marina_ Laila? Você aqui a essa hora? Já estava voltando para os Watson.

Laila _ Eu sei, e desculpe o horário até porque já estive aqui hoje.

Falo ao entrar na sala e encofrá-las jantando.

Marina_ Tudo bem, quer jantar conosco?

Laila _ Não, obrigada vim porque não podia esperar para entregar isso a Bruna.

Bruna_ Para mim? O que é?

Laila _ Pegue e veja.

Com as mãos trêmulas ela pega o envelope e abre, demora alguns segundos para que ela perceba o que é e quando isso acontece ela cai no chão aos prantos.

Lucy_ Aí meu Deus o que aconteceu, é alguma notícia ruim?

A mãe da Marina pergunta preocupada.

Laila_ Não, pelo contrário, é algo muito bom.

Marina_ Fala logo o que é então, estamos em agonia.

Bruna_ É o meu visto permanente, não sou mais uma imigrante ilegal, posso andar por esse país livremente, vocês tem ideia de como sonhei com isso?

Não havia me dado conta de que estava chorando até a Marina me entregar um lenço.

Enxugo as minhas lágrimas e vou até a minha amiga abraçá-la emocionada.

Bruna_ Obrigada minha irmã por realizar o meu maior sonho.

Ajudo ela a se levantar e só aí respondo.

Laila _ Não agradeça a mim, foi o senhor Watson que se compadeceu da sua história no dia em que quase me atropelou e eu contei a ele sobre você.

Bruna_, Então diga a ele que serei eternamente grata.

Laila _ É difícil de velo, mas se eu o vir agradecer, pode ter certeza disso.

Marina_ Você o viu hoje?

A Marina me pergunta desconfiada.

Laila _ Não, foi a senhora Rachel que me entregou.

Sei que estou mentindo e que não é certo, mas se ela souber que o vi em pleno domingo ou que ele foi até lá só para me entregar o documento,nela começará a juntar as peças e dará razão para a Stacy. 

E como eu sei que ela mal tem contato com a senhora Rachel jamais saberá a verdade…