Sorata_Standz

Sinopse:
Em um mundo onde força e sobrevivência dependem do nível de cada indivíduo, todos lutam desesperadamente contra monstros e entre si para subir de patamar. Gabriel, um jovem comum, vê sua vida mudar ao despertar um sistema único: ele pode ganhar experiência e subir de nível sem fazer absolutamente nada. Enquanto outros sangram por cada ponto de XP, Gabriel cresce silenciosamente, ficando mais forte a cada dia — mesmo dormindo.

Com cada novo nível, seus poderes aumentam e sua vida se estende além dos limites humanos. Logo, o mundo começa a notar esse estranho fenômeno: um garoto que nunca lutou, mas cujo nível ultrapassa até os guerreiros mais poderosos.

Inveja, medo e ambição se voltam contra ele. Mas será que alguém pode parar aquele que evolui eternamente, mesmo parado?

Prepare-se para uma jornada onde o verdadeiro poder não vem da espada, mas da paciência.

O Invencível de Nível Passivo

Capítulo 52: A Muralha Que Caminha

Apolo caminhava com tranquilidade pelas trilhas de pedra que levavam de volta à cidade de Nova Zero. Sua expressão era serena, mas seu corpo ainda pulsava com o recente progresso. Em menos de um mês, havia subido do nível 1 ao 4 de poder, e sua habilidade especial, [Defesa Inquebrável], havia atingido o nível 5. Um feito extraordinário para qualquer caçador iniciante — o tipo de coisa que levaria pelo menos três meses para alguém comum alcançar.

A cidade surgia à frente, seus prédios simples, construídos com pedra e metal, formando o contorno da civilização em meio à vastidão das zonas de caça. Já era final de tarde, e o céu acinzentado tingia os telhados com tons de cobre.

Três figuras surgiram na viela lateral. Homens encapuzados, maltrapilhos, mas armados. Suas roupas estavam surradas, mas os olhos brilhavam com malícia. Eles cercaram Apolo, bloqueando sua passagem.

— Bonita mochila aí, parceiro — disse um deles, girando uma adaga com os dedos. — Deve ter item bom aí dentro.

— Tá voltando de caça, né? — comentou outro, segurando uma lança curta de aparência improvisada. — Melhor deixar a bolsa e sair com vida.

Apolo apenas observou. Não parecia tenso, nem incomodado. Estava calmo como se estivesse apenas escutando o vento.

— Vocês têm certeza que querem fazer isso?

— Cala a boca e entrega tudo! — rosnou o terceiro, partindo para o ataque.

A lâmina da adaga riscou o ar em direção ao peito de Apolo.

+50 pontos de experiência de Defesa.

O impacto foi nulo. A lâmina bateu contra seu corpo como se tivesse atingido uma parede invisível, impenetrável.

— O quê?! — o bandido recuou, incrédulo.

— Eu... nem senti isso — murmurou Apolo.

O segundo veio logo em seguida, tentando cravar a lança na lateral de Apolo.

O golpe ricocheteou, fazendo a lança vibrar na mão do agressor.

— Que tipo de monstro é esse cara?! — gritou o terceiro, tentando acertá-lo com uma barra de ferro.

Mais uma vez, nada. Nenhum arranhão. Nenhuma marca. Nenhum dano.

Apolo deu um passo à frente. Os três recuaram instintivamente. A expressão calma no rosto dele agora parecia fria.

— Vocês me atacaram... então eu tenho direito de me defender.

Com um movimento rápido e direto, ele socou o primeiro bandido no estômago. O impacto o fez voar para trás, desmaiado antes de tocar o chão. O segundo tentou correr, mas Apolo o segurou pela gola e o arremessou contra a parede de pedra, onde caiu inconsciente. O terceiro caiu de joelhos, apavorado, tremendo.

— P-por favor... n-não me mata...

— Só parem de atacar as pessoas erradas — disse Apolo, virando-se e retomando sua caminhada.

Atrás dele, silêncio. Os bandidos estavam inconscientes ou aterrorizados. E as notificações do sistema, que só apareciam quando sua defesa era testada, haviam sido claras:

Apolo não precisava ser rápido. Nem forte. Nem cruel. Ele era um bastião. Uma muralha viva. E enquanto o mundo usasse a força para atacar, ele usaria a resistência para crescer.

E, passo a passo, tornar-se inquebrável.