Em uma floresta afastada de toda a sociedade, seja as cidades grandes, pequenas ou até vilas, Criaturas Renkais vagavam pelo local. Procurando animais ou humanos para se alimentar, principalmente humanos.
Uma dessas criaturas demoníacas estáva procurando por algum alimento, seguindo apenas seus instintos de sobrevivência. Era muito desconfortavel pensar que aquela Criatura Renkai ja foi um *humano*.
De repente, aquela mesma criatura foi atacada por uma... garota? Esse fato não era estranho, mas o que era aquela garota.
Seu corpo era coberto por pelos, como um animal, sua nudez era facilmente coberta por aquela pelagem negra. Ela tambem era uma Criatura Renkai, mas estranhamente humana e consciente.
Ela andava pela floresta, eliminando e consumindo todas as outras criaturas demoníacas que estavam presentes. Então, segurando a pata daquela Criatura Renkai, seus olhos laranjas brilhavam ao ver uma... biblioteca? No meio de uma floresta isolada? Bem, aquela 'garota' parecia reconhecer aquela estrutura de longe.
Ela passava pela entrada da biblioteca, que estava com as portas abertas. em uma bancada de atendimento, estava um homem.
Ele tinha um longo cabelo escuro, um dos seus olhos era coberto por uma espécie de tapa olho, o outro tinha uma cor prateada. Um dos seus braços era um protótipo biônico (que estava escrevendo algo em um pequeno caderno), o seu outro braço era normal, possuindo uma aparencia forte, tonificado (onde estava apoiando o seu queixo em sua palma)
Sua roupa era um sobretudo preto, sua camisa era vermelha escura, sua calça também era preta, se formos tentar adivinhar sua idade pela sua aparencia, seria uns 20 a 25 anos.
Ao sentir a presença da garota, ele levanta a cabeça, vendo-a com nenhuma emoção em seu rosto, parando de escrever e falando em um tom neutro.
- "Shaphira, Conseguiu terminar sua caça?" Perguntou o homem.
A garota, agora chamada Shaphira, se sentava no chão. Colocando a pata do demônio no chão, como se estivesse dando um presentinho.
- "sim, mestre. Eu ja estou satisfeita." Sua cauda balançava, parecia animada em estar na presença do homem.
Aquilo era estranho, ja não bastava aquela Criatura Renkai ser um tanto humano, mas ainda tão... obediente e submissa. essas criaturas normalmente seriam instintivamente agressivas e sem nenhuma consciência
Mas o homem parecia não se importar. Ele levantou-se, indo até Shaphira, que pela aparencia, parecia ter uns 18 anos.
- "parabéns, você ja trouxe algumas carnes para nós e ainda se alimentou, merece tomar um banho." Ele coloca a mão na cabeça dela, dando carinho.
Apesar de sua expressão sem emoção, parecia haver uma grande afeto naquele gesto, mesmo se o próprio homem não compreendesse.
- "sim, você pode me dar um banho hoje?" Ela esfrega o rosto na mão do homem
- "sem problemas."
Shaphira pareceu muito animada e feliz, sua cauda balançava animadamente e começa a seguir o homem, que estava saindo da biblioteca. Se aproximando de um rio próximo, começando a retirar suas roupas.
Shaphira observou o homem tirar as roupas, sem nenhuma vergonha ou malicia, como se fosse algo natural para os dois
- "mestre, você não precisa que eu te dê um banho também?" Perguntou Shaphira.
- "não."
Ao retirar suas roupas, mostrava-se um corpo tonificado, possuindo várias cicatrizes envolta de sua estrutura corporal.
Ele entrava no rio, com Shaphira se sentando no colo dele, ficando encolhida e deitada com o rosto no peito dele, parecendo completamente confortavel.
- "eu gosto de tomar banho contigo, mestre."
- "..."
O homem apenas fecha os olhos e começava a dar caricias cuidadosas no corpo de Shaphira, era como um pai cuidando de sua filha.
Shaphira ja estava quase dormindo ali, sentindo o seu corpo peludo ser acariciado, sua cauda se enrola na mão do homem, como se estivesse pedindo mais carinho.
- "que gostoso, mestre." Ela sorriu, soltando um bocejo, suas orelhas balançando de leve.
Após uns minutos, o homem tinha saido do rio, ficando na frente do sol, ja vestido
Shaphira tinha saído tambem, ficando ao lado do homem agora de pé, se balançando para sair a água dos pelos no corpo.
- "é muito melhor tomar banho no rio do que na biblioteca, não é, mestre?" Perguntou Shaphira.
- "eu acho melhor dentro da biblioteca." Ele diz.
- "eu gosto mais na floresta, é mais natural." Shaphira cruza os braços.
O homem não diz mais nada, apenas acenando com a cabeça, como se estivesse concordando em partes.
Os dois ficam na frente do sol por mais uns minutos, então Shaphira olha para ele, soltando um bocejo .
- "eu posso ter uma sonequinha, mestre?" Ela perguntou, parecendo sonolenta.
- "sim."
Shaphira soltou mais um bocejo, abraçando o homem por trás.
- "eu vou voltar a minha forma e vou descansar um pouco."
Ela se afastou dele, então o corpo dela começa a se modificar, como se ela estivesse manipulando a propria Energia Renkai, voltando a sua forma original.
Era uma raposa, ainda tinha sua pelagem negra e seus olhos ainda eram laranjas, ela não era tão absurdamente grande ou pequena, mas era maior e bem mais forte e letal do que uma raposa comum.
Ela se enfia entre as pernas do homem, deixando-o montar em si para começar a se locomover.
Após chegar a biblioteca novamente, o homem notou a pata de Criatura Renkai que Shaphira tinha trazido anteriormente no chão.
- "acho que me esqueci de tirar isso." Ele sai de encima de Shaphira, pegando a pata no chão, dando á garota.
Na sua forma de Criatura Renkai ou apenas animalesca, ela come a pata e lambe a mão do homem.
- "vá descansar, mocinha." Diz o homem, deixando Shaphira lamber sua mão
Shaphira roçou o focinho na perna dele, começando a subir para o segundo andar da biblioteca e indo para o quarto onde os dois normalmente dormem, chegando na cama do homem e começando a dormir lá.
O homem, agora sozinho, pegava um livro das prateleiras e se sentava na bancada, começando a ler e fazer algumas anotações sobre aquele livro.
As horas se passavam, a noite se aproxima e a chuva começa. Naquele momento, o homem fechava o livro e o pequeno caderno. Pegando um guarda chuva e dando uma ultima olhada no quarto, vendo Shaphira dormir confortavelmente, aquilo fez o homem se sentir aliviado, mesmo sem demonstrar nada em sua face.
Ele abriu a porta da biblioteca, sentindo o vento frio em seu rosto, ele fechava a porta. começando a andar pela floresta naquela chuva, como se fosse um momento de paz para o homem... por enquanto.
De repente, enquanto o homem caminhava, um portal acabou se abrindo bem na frente dele, fazendo-o tropeçar e cair dentro de uma dimensão...