Você pode ter invadido o planeta, vencido as forças armadas locais, destruído a lua decorativa deles, silenciado os deuses tutelares com argumentos científicos… e ainda assim, vai aparecer um adolescente desnutrido com um bastão brilhante que quase acaba com tudo.
E o pior: ele nem sabe o que está fazendo.
Mas o universo — maldito seja — adora ironia.
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1. O Arquétipo do Imbecil Cósmico: Identificando o “Escolhido” Antes que Ele Vire um Problema
Quase sempre tem os seguintes traços:
É órfão (ou acha que é).
Tem uma cicatriz, um colar estranho ou uma pulseira herdada de “alguém especial”.
Trabalha em algo humilde: mecânico, fazendeiro, técnico de manutenção de esgotos.
Fala demais, desafia autoridade, e tem amigos com características etnicamente diversificadas.
Não sabe pilotar uma nave... até saber.
E claro: encontra um bastão brilhante/espada ancestral/artefato com IA com voz sarcástica.
Se você encontrou alguém assim, mate-o imediatamente.
Mas provavelmente você não vai. Porque você é arrogante. Porque acha que “um camponês não pode ser ameaça”. Pois bem... era só o protagonista da queda de três impérios antes do seu.
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2. O Bastão de Energia – Nunca Um Objeto Tão Simples Causou Tanta Dor
Eles sempre acham um. Ninguém sabe como. Às vezes está escondido dentro de uma montanha. Outras, enterrado num deserto com a etiqueta “NÃO TOQUE”. Às vezes, é legado de uma raça extinta com o péssimo hábito de deixar armas ultra poderosas ao alcance de qualquer zé-ninguém com senso de justiça.
Características comuns do bastão:
Reage emocionalmente ao usuário. (Sim, um sabre com TPM.)
Corta armaduras impenetráveis como manteiga.
Nunca acaba a bateria, mas sempre acende dramaticamente em momentos importantes.
Contém alguma IA que oferece conselhos inúteis com tom paternalista.
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3. Por Que Ele Sempre Quase Vence (E Como Evitar Isso)
Porque enquanto você coordena exércitos, orquestra manipulação midiática e estabiliza cinco zonas de guerra ao mesmo tempo, ele tem um único objetivo: te destruir.
É foco puro. Uma criatura movida a dor emocional, frases de efeito e trilha sonora dramática.
Para neutralizar:
Não o enfrente pessoalmente.
Ele tem 8% de chance de vencer você com sorte narrativa. (Sim, é real. Já estudei.)
Envie alguém que ele pode matar emocionalmente.
Tipo um mentor corrompido. Ou um pai secreto. Isso desestabiliza e reduz 60% da performance de combate.
Não subestime os amigos.
Enquanto você briga com o bastão-boy, tem sempre um gordinho desativando seu reator de escudo, uma garota sarcástica plantando bombas, e um alien verde reprogramando sua IA central com um lápis.
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4. A Humilhação Pública: O Verdadeiro Risco
Mesmo que ele não te mate, se ele te fizer sangrar ao vivo, tropeçar num discurso, ou gritar de dor durante uma transmissão interplanetária, acabou.
O povo vai reagir assim:
“Ele é só um garoto... e feriu o conquistador!”
“Talvez ele seja especial...”
“Ei, vamos nos unir e... oh, agora estamos em revolução. Droga.”
A credibilidade do seu regime evapora. Rebeliões brotam como fungos. Aliados desaparecem. Até seu robô assistente começa a hesitar.
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5. Como Eliminar o Problema de Forma Silenciosa
Você quer ser sutil. Nada de torná-lo mártir.
Táticas recomendadas:
Acidente de teleporte. É fácil configurar um salto espacial pra dentro de uma estrela.
Contrato emocional. Ofereça a cura da irmã doente em troca de submissão. Eles sempre têm uma irmã doente.
Infiltramento social. Envie um agente duplamente disfarçado para virar “melhor amigo” e, na hora certa, empurrar do penhasco.
Convite para treinamento avançado... em um campo minado.
Ou, se tudo falhar, escreva uma autobiografia em que você admite que ele venceu por misericórdia sua.
O ego dele se inflama tanto que ele erra o próximo golpe.
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Conclusão Heróica: O Universo Ama Idiotas com Propósito
Eles não têm plano. Nem estratégia.
Só têm coragem, amigos improváveis, e um objeto ancestral que grita quando está prestes a fazer algo “épico”.
E, por motivos que nenhum cientista quântico conseguiu explicar, isso basta.
Se você quer durar nesse cargo, aceite uma verdade amarga: não subestime o garoto com o bastão.
Mate primeiro. Pergunte depois.