Pósfácio do Volume I: Notas Não Autorizadas de Adeline Lisbane Hendrickpor Adeline, com chá na mão e paciência acabando

Zolomon não sabia que eu escreveria esse pósfácio.

O que, considerando que ele sabe tudo, deve ter sido uma escolha consciente de não saber.

Típico.

Este volume — sim, o primeiro — foi uma tentativa desequilibrada, mas estranhamente eficaz, de transformar o caos em um manual.

Ele, com sua lógica afiada como lâmina com rancor.

Eu, com meu verniz cínico, tentando suavizar o desespero de ser brilhante num universo tão burro.

E você, leitor, lendo tudo isso com um misto de fascínio, culpa e risos mal localizados.

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O Que Aprendemos (Mentira, Não Aprendemos Nada)

Que conquistar planetas é fácil.

Que manter o controle emocional enquanto lidera é mais difícil que pilotar com dor de estômago e dilemas existenciais.

Que bons inimigos são mais importantes que bons aliados.

E que até a mentira pode ser um gesto de compaixão, se dita com um sorriso elegante.

Mas acima de tudo, aprendemos o mais importante:

ninguém sabe o que está fazendo.

Zolomon finge que sabe.

Eu finjo que não me importo.

Você finge que só está lendo por curiosidade.

No fim, todos estamos derrotando a nós mesmos, um capítulo por vez — com classe, caos e zero arrependimento.

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O Que Vem no Volume II (Spoiler: Nada Tranquilo)

Diplomacia entre civilizações em colapso emocional.

A arte de construir heróis descartáveis.

Conquistas culturais via indústria do entretenimento.

Como fingir paz durante uma guerra civil estética.

E, claro, um ou dois capítulos onde Zolomon entra em crise de identidade e nega com veemência.

Prepare-se para temas mais perigosos.

Mais pessoais.

Mais desconfortáveis.

Mais... verdadeiros disfarçados de piada.

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Última Nota (Prometo): Se Você Chegou Até Aqui, Você Está Perdido — Mas Está Estiloso

Se você leu até este ponto, você faz parte de algo.

Não um clube.

Não uma seita.

Mas de uma casta informal de seres conscientes demais pra aguentar, cínicos demais pra parar, e inteligentes o suficiente pra achar graça no fim do mundo.

Então vista seu sarcasmo.

Ajeite sua expressão blasé.

E prepare-se.

O Volume II será pior.

Ou melhor.

Depende de quanto você ainda finge que tem controle.

Com desprezo carinhoso,

Adeline.