por Zolomon Hendrick
(Sim, é ridículo. Sim, você vai agradecer por isso)
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Eles surgem em todos os planetas, dimensões e universos quebrados por física emocional: velocistas.
Seres com tênis hiperavançados, frases sarcásticas, senso de justiça irritante e uma conexão espiritual com uma energia abstrata chamada IN Locity Force — uma mistura de velocidade, trauma não resolvido e monólogo interno insuportável.
Eles são rápidos.
Demais.
Rápidos o suficiente para te dar um tapa, salvar um bebê, pegar um café e voltar antes de você terminar sua primeira sílaba ameaçadora.
Mas eu sei como matar um deles.
E você vai aprender agora.
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1. O Primeiro Passo: Entender Que Você Nunca Vai Pegá-lo Correndo
Você não vai alcançá-lo.
Nunca.
Ponto.
Coloque essa esperança em uma cápsula e atire no sol.
Ele é um velocista.
Você é... tudo o que não é isso.
Então, ao invés de tentar impedi-lo enquanto ele corre, foque em onde ele vai parar.
Todo velocista tem dois pontos fracos:
O ponto de partida.
E o momento em que ele para para fazer um discurso dramático.
Você ataca nesse segundo.
Ou você morre em câmera lenta (enquanto ele continua falando).
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2. Armadilhas de Fricção, Trauma Emocional e Distorção Semântica
Velocistas são vulneráveis a três coisas:
Física exagerada.
Choque emocional profundo.
Frases com ambiguidade existencial.
Armas úteis:
Campo de fricção reversa: transforma solo em manteiga quântica. Ele escorrega e bate no próprio ego.
Holograma de entes queridos: não importa de qual planeta, vai funcionar. Velocistas são impulsivos e carentes.
Ataque semântico com frases como:
> “Se você pode salvar todo mundo, por que não salva a si mesmo?”
“Quanto mais rápido corre, mais vazio fica, não?”
(Essas frases congelam o cérebro deles por segundos. Tempo suficiente para você ativar a armadilha explosiva de massa teórica.)
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3. Use o Maior Inimigo do Velocista: Ele Mesmo (Ou Suas Várias Versões Temporais)
Velocistas têm um problema crônico:
versões alternativas de si mesmos.
Do passado, do futuro, de realidades onde eles são vilões, robôs, bebês geniais ou mulheres com tendências a monólogos operísticos.
Então... provoque uma colisão de versões.
Como?
Insira nos dados de viagem temporal uma variável instável: algo como "ele beijou a mãe do próprio clone".
Finja ser um mentor misterioso dizendo “há outro você lá fora... e ele não corre por amor”.
Solte a frase-chave universal de todo velocista sombrio:
> “Você nunca correu para salvar. Você correu para fugir.”
No instante que dois velocistas se encontram e começam a discutir...
eles se autodestroem via paradoxo de protagonismo duplo.
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4. Caso Ele Sobreviva a Tudo Isso: Chumbo com Antimatéria Funciona Muito Bem
Você tentou ser criativo.
Tentou ser emocional.
Tentou ser filosófico.
Agora atire.
Use:
Projéteis impregnados com distorção de tempo local.
Explosivos que se ativam com deslocamento supersônico.
Uma barra de ferro com muito ódio e a ajuda de um tanque telecinético.
A velocidade é inútil se ele não consegue pensar mais rápido do que sua raiva.
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5. Última Recomendação: Nunca Dê a Ele a Última Palavra
Se por acaso ele estiver sangrando, caído, murmurando algo como:
> “Você nunca vai entender... eu só queria ser rápido o bastante pra impedir... tudo isso...”
Não escute.
Atire de novo.
Velocistas se curam com flashbacks.
E você não tem tempo pra isso.
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Conclusão: A Força é Rápida. Mas a Maldade É Mais Precisa.
Velocistas são lindos no começo.
Cabelos ao vento, frases profundas, trilha sonora inspiradora.
Mas se você está tentando dominar civilizações, manipular sistemas e manter a compostura...
...e aparece um adolescente com trauma paterno correndo mais rápido que a lógica?
Elimine. Com criatividade, sarcasmo e planejamento.
Eles sempre acham que vão vencer.
Até tropeçarem numa frase sua — ou num campo de fricção invertida.