Lentamente

Adam acordou lentamente, piscando contra a luz da manhã que filtrava pelas cortinas. Mesmo meio adormecido, sua mão instintivamente apalpou o lado da cama, procurando. O que um homem deveria fazer quando acordava com fome e desejava um lanchinho matinal—não do tipo comestível, mas do tipo quente e macio que se enroscava nele como se pertencesse ali? Ele procurava, é claro.

Mas a cama ao lado dele estava fria. Vazia.

Ele abriu um olho, franzindo a testa para o espaço vago ao seu lado, os lençóis já frios ao toque. Seu prazer matinal havia sumido. Por quê?

Com um longo alongamento de braços e um gemido que veio de algum lugar profundo do peito, ele debateu se deveria ir procurá-la ou simplesmente esperar que ela voltasse—preferencialmente com aquele sorrisinho presunçoso que ela sempre exibia depois de escapar da cama sem acordá-lo.

Foi quando ele ouviu.