E Hao já tinha seus olhos em alguns.
Algo chamativo. Algo extravagante. Algo que poderia acabar sendo a decisão errada.
Do lado de fora da loja, a paisagem havia se acomodado em seu ritmo habitual.
Kurome estava deitada no chão, limpando suas patas pretas.
O calor da Cidade Ardente da Alma finalmente havia diminuído. O sol mergulhava baixo, as sombras se alongavam, e mais pessoas enchiam as ruas, aproveitando o ar mais ameno.
Ainda estava quente, no entanto.
Eles passavam pela loja de conveniência sem nem mesmo olhar para a porta.
Não que Kurome se importasse.
Seus olhos azul-claros se estreitaram em fendas, a cauda balançando.
De repente, ela parou.
Olhou para a direita.
Um homem estava correndo - não, mancando - pela rua.
Uma garotinha amarrada às suas costas com um pedaço de pano esfarrapado enrolado firmemente ao redor de seu peito e ombros, mantendo-a no lugar.
Ela estava caída ali, braços pendurados, cabeça balançando a cada passo cambaleante.