Orson deslizou para o banco do motorista, batendo a porta com mais força do que o necessário. Seu peito subia e descia em rápida sucessão enquanto agarrava o volante com tanta força que seus nós dos dedos ficaram brancos. Seu coração batia forte — parte fúria, parte medo.
Ao seu lado, Duncan soltou um gemido baixo e agonizado enquanto se ajeitava no banco, tentando encontrar uma posição que não enviasse novas ondas de dor pelo seu corpo machucado.
O som fez Orson cerrar a mandíbula. O desconforto na voz de Duncan, a pura fraqueza nela — era perturbador.
Orson exalou bruscamente. "Chega! Vou te levar para o hospital."
Antes que Duncan pudesse sequer grunhir em protesto, Orson pisou no acelerador, os pneus cantando enquanto o carro arrancava para frente.
Duncan virou a cabeça fracamente, sua visão turva. "Pare... pare... pare..." ele sussurrou, sua voz mal passando de um murmúrio.