O Plano de Greg (4)

O fôlego de Cammy ficou preso em sua garganta no momento em que Greg alcançou seu bolso.

A partir daquele instante, o mundo inclinou-se.

O tempo fraturou-se, esticou-se, desacelerou — cada segundo pingando como mel enquanto seus olhos se fixavam na pequena caixa de veludo em sua mão. Seu pulso ecoava em seus ouvidos como um tambor de guerra.

O suave ranger do couro. O roçar do vento pelas janelas abertas. O distante quebrar das ondas. Tudo isso desapareceu no fundo.

Tudo o que ela podia ver era ele — Greg — caindo de joelhos diante dela, seu rosto marcado por lágrimas silenciosas e incontroláveis.

A caixa de veludo tremia em seus dedos enquanto ele lentamente levantava a tampa.

E lá estava.

Um anel.

Simples. Elegante. Inconfundivelmente significativo.

O momento a agarrou pela garganta.

A voz de Greg estava rouca, mal se mantendo inteira. Seu pomo de Adão subiu e desceu enquanto ele engolia em seco, todo seu corpo tremendo com o peso do que estava prestes a dizer.