Depois de terminar duas tigelas de sopa de rabanete rica e cremosa, Avery pousou sua colher e disse com sinceridade, "Mãe, Pai, eu conheço alguns médicos de primeira linha. Quando vocês decidirem uma data, me avisem, e eu providenciarei um carro para buscá-los. Também pedirei ao meu amigo, que é médico, para dar uma olhada neles. E não se preocupem com os custos. O hospital nos permite parcelar os pagamentos em cinco ou dez anos."
Wesley e Claire trocaram olhares, ambos surpresos e radiantes. "Muito obrigado, Avery. Você é realmente uma bênção para nossa família," disse Wesley, sua voz cheia de gratidão.
Avery sorriu, seu coração aquecendo-se ao ver a felicidade de seus pais. Ela voltou à sua refeição, saboreando a profunda satisfação de poder ajudá-los. Encantada com o evidente prazer de Avery, Claire continuou empilhando mais comida em seu prato. "Aqui, coma mais um pouco," insistiu, seus olhos brilhando com orgulho maternal.
Não querendo ficar para trás, Wesley pegou a concha de servir e colocou um prato vazio na frente de Avery. "Experimente estes também! Eu fiz as tortas de frango, camarão e macarrão com queijo," disse ele entusiasmado.
Avery comeu alegremente tudo o que lhe foi oferecido, sentindo-se como um gato satisfeito enquanto saboreava cada garfada. Os pratos estavam excepcionalmente frescos, e o peixe que ela experimentou tinha um sabor tão rico que a lembrou da culinária do campo para a mesa.
Não querendo ser ofuscada na cozinha, Claire interveio, "Avery, eu fiz o peixe assado, a sopa de frutos do mar, a caçarola e a salada. Então, me diga, quem cozinha melhor—seu pai ou eu?"
Enquanto a maioria das pessoas poderia oferecer uma resposta educada, Avery, sendo direta como sempre, pensou por um momento antes de responder, "Eu daria à comida do Pai uma pontuação perfeita."
Wesley riu e lançou uma piscadela brincalhona para Claire. Claire, momentaneamente desanimada, fez um pequeno biquinho como se suas habilidades culinárias tivessem sido consideradas insuficientes.
Mas então Avery sorriu e acrescentou, "E a comida da Mãe? Essa ganha vinte pontos extras de bônus."
O rosto de Claire iluminou-se instantaneamente, seu orgulho e alegria fazendo-a parecer anos mais jovem enquanto sorria amplamente. "Então coma mais!" insistiu, colocando ansiosamente mais comida no prato de Avery. "Pelo tempo que você quiser, cozinharei para você todos os dias. E se houver algo que eu não saiba fazer, vou aprender. Não estou exagerando—sou uma cozinheira e tanto! Seu pai praticamente implorou para se casar comigo porque eu sabia fazer uma salada de macarrão e bolinhos de caranguejo de matar."
Wesley, fingindo estar sério, retrucou, "Agora, não vá mentir para a menina. Você é quem se apaixonou por mim e começou a cozinhar para mim todos os dias para me conquistar."
Avery não pôde deixar de sorrir com a brincadeira descontraída deles, enchendo a sala de calor. Wesley e Claire a observavam com crescente afeição, achando-a absolutamente adorável—como um pequeno hamster com suas bochechas infladas, olhos brilhantes e mastigação constante. Cada garfada que ela dava fazia com que eles quisessem mimá-la ainda mais.
Depois de terminar sua refeição, Avery pousou o garfo e a colher com um sorriso satisfeito. "Vou fazer uma pausa e comer mais depois," disse ela, esfregando a barriga com satisfação.
Wesley e Claire ficaram encantados ao ouvir isso. Claire rapidamente trouxe-lhe um copo de limonada. "Avery, eu mesma fiz isso—minha receita secreta. Todos dizem que é boa o suficiente para ser vendida em um restaurante," disse ela orgulhosamente.
Wesley sorriu, acrescentando, "Experimente enquanto eu lhe conto mais sobre seus outros irmãos e irmãs."
Enquanto Avery bebia a limonada, Wesley continuou, "Brandon, seu segundo irmão, está estudando no exterior. Ele tem coberto todas as suas despesas com bolsas de estudo e trabalhos de meio período. Não enviamos a ele um centavo, mas ele ainda consegue nos enviar um pouco de dinheiro a cada mês."
A expressão de Wesley oscilou entre orgulho e culpa enquanto prosseguia. "Ele realmente queria visitar você, mas tem economizado para uma passagem de avião. Ele nem mesmo nos deixou ajudar com o custo—insistiu em pagar a viagem sozinho."
Avery sorriu calorosamente. "Por favor, avise-o que estarei na cidade por um tempo, então ele pode voltar quando for conveniente. Sem pressa."
O rosto de Wesley suavizou-se com alívio. "Avery, você é tão atenciosa. Vou passar sua mensagem, e tenho certeza de que significará o mundo para ele."
Claire então disse, "Seu terceiro irmão mais velho, Harry, está no exército..."
Mas antes que ela pudesse continuar, o telefone de Wesley de repente tocou, interrompendo a conversa. Distraído, mas não querendo perder nada importante, Wesley atendeu a ligação e colocou no viva-voz. "Alô?"
A voz do outro lado estava frenética, mal audível sobre o ruído de fundo. "Olá, você é o pai de Arthur Carter? Arthur se envolveu em uma briga com um segurança e foi levado para a delegacia. Eles estão falando em acusá-lo de agressão."
"O quê?" O rosto de Wesley perdeu a cor enquanto ele se levantava rapidamente, movendo-se para a cozinha para evitar alarmar Avery. "Onde ele está agora? Ele está ferido?" perguntou, sua voz baixa, mas tensa.
O sorriso de Claire desapareceu, e a colher e o garfo escorregaram de suas mãos, caindo no chão com estrépito. A tensão na sala aumentou enquanto Wesley fechava a porta da cozinha atrás dele, o calor de momentos antes rapidamente substituído por uma pesada sensação de preocupação.
A sala de estar mergulhou em um silêncio tenso, e os olhos de Claire percorreram a sala como se procurassem algo.
Notando sua aflição, Avery rapidamente pegou o telefone de Claire do sofá e entregou a ela. As mãos de Claire tremiam enquanto ela pegava o telefone e tentava discar um número. Ela pressionou o telefone contra a orelha, mas a linha estava ocupada. Seu rosto ficou mais pálido a cada tentativa fracassada, sua ansiedade aumentando.
Avery olhou para a tela e notou o nome "Arthur", percebendo que Claire estava tentando contatar seu irmão. Ela também notou que o telefone de Claire era um modelo mais novo, muito mais avançado que o de Wesley. Era claro que a família Carter estava cuidando dela.
A cada chamada não atendida, os olhos de Claire enchiam-se de lágrimas. "Por que ele não está atendendo? Mesmo que tenha sido preso, eles não podem simplesmente pegar o telefone dele! Ele deveria poder ligar para casa! Como podemos contatá-lo? Ele não fez nada tão grave!" Sua voz tremeu, pesada de preocupação.
Ainda incerta sobre a história completa, Avery permaneceu em silêncio, observando quietamente e tentando juntar todas as peças.
Depois do que pareceu uma eternidade, Wesley finalmente saiu da cozinha, seu rosto tenso.
Claire levantou-se de um salto, sua voz tremendo. "Wesley, como está Arthur? Quando ele vai voltar para casa?"
"Não se preocupe, é apenas um mal-entendido. Arthur vai ficar bem," disse Wesley, colocando suas mãos suavemente nos ombros dela para acalmá-la. Sua voz estava firme, mas a preocupação em seus olhos era difícil de esconder.
Ele então se virou para Avery com um olhar de desculpas. "Avery, sinto muito que você tenha que lidar com isso em sua primeira visita. Arthur se meteu em problemas e foi preso. Estou indo para a delegacia para resolver as coisas.
"Se estiver tudo bem para você, você é bem-vinda para ficar mais tempo ou até passar a noite. Posso pedir à sua mãe para lhe fazer companhia. Mas se preferir ir para casa, providenciarei um carro para você."
Depois de ouvi-lo, Avery falou, sua voz firme. "Pai, eu também faço parte desta família agora. Você pode me dizer o que realmente aconteceu com Arthur?"