— Você quer vir também? — Isaac ficou surpreso. — Isso é realmente apropriado?
O Sr. Moran era uma figura distinta, e essa reunião provavelmente era sobre negócios. Levar sua filha recém-completada de dezoito anos parecia fora de lugar.
— Por que não? — disse Gia enquanto caminhava e brincalhonamente entrelaçava seu braço com o dele. — Pai, prometo que não serei uma distração.
Ela fez uma pausa, erguendo o queixo com um brilho orgulhoso nos olhos. — Deixe-me dizer, sou uma designer em ascensão sob o pseudônimo Yaen. Acabei de ganhar o primeiro prêmio na Competição Internacional de Design de Joias de Diamante! Estou atualmente montando meu próprio estúdio e planejando lançar minha marca de joias. Muitos investidores estão ansiosos para colaborar comigo.
— O Grupo Moran está fortemente envolvido na mineração de diamantes, então acredito que o Sr. Moran e eu teremos muito o que discutir.
Agora, com seu prestigioso histórico e status crescente no mundo do design de joias, ela sentia que finalmente era digna de estar ao lado do Sr. Moran.
— Meu Deus, você é Yaen? — exclamou Regina, levantando-se com as mãos nas bochechas, como se fosse uma fã conhecendo seu ídolo. — Querida, eu adoro seu trabalho. Você é um gênio! Estou tão orgulhosa de você, e quero contar para toda a Cidade Rosemont sobre suas conquistas!
Regina era uma entusiasta de joias, sempre atualizada com os últimos lançamentos de várias marcas. Apenas no mês passado, ela havia admirado a série Dream de Yaen e estava pensando em comprar um conjunto. Mal sabia ela que Yaen era sua própria filha! Ela estava tão feliz que mal conseguia se conter.
Gia sorriu modestamente. — Não é nada demais, realmente. Estou apenas começando e tenho um longo caminho pela frente.
Isaac ficou atônito, levando um momento antes de dar tapinhas no ombro da filha. — Gia, você é realmente incrível! Por que não me contou algo tão importante antes? Se eu soubesse, teria anunciado para o mundo! Saiba que sua mãe e eu apoiamos totalmente seus sonhos...
Micah, o assistente de Isaac, continuava olhando para o relógio e finalmente não conseguiu se conter. — Sr. Murphy, faltam vinte minutos para as nove. Se quiser se encontrar com o Sr. Moran, precisamos sair agora.
Isaac voltou à realidade. — Ah, certo.
— Gia, você vem comigo.
— Eu também vou — disse Andrew com confiança enquanto se levantava. — A série de TV em que estrelei estreou há dois dias, e está indo excepcionalmente bem. Especialistas da indústria preveem que será um grande sucesso. Várias marcas já contataram meu agente sobre publicidade e contratos de endosso.
— Assim que eu conhecer o Sr. Moran, posso priorizar fazer anúncios e endossos para os produtos do Grupo Moran.
O Grupo Moran era um dos principais conglomerados globais, capaz de influenciar economias nacionais e até globais. Se ele pudesse estabelecer uma conexão com o herdeiro do Grupo Moran, as possibilidades para seu futuro seriam ilimitadas.
Zoe, que o havia acompanhado, não pôde deixar de suprimir um leve tremor no canto da boca. Ela queria dizer a ele que, como acabara de retornar ao país, talvez não soubesse que o Grupo Moran nunca colaborava com novatos em publicidade para evitar riscos potenciais que pudessem prejudicar sua marca.
No entanto, ela optou por não dizer isso diretamente e, em vez disso, aconselhou gentilmente: — Andrew, o Sr. Moran é uma pessoa muito reservada. Ele pediu especificamente para se encontrar com seu tio. Deve ser suficiente para ele levar Gia junto. Trazer muitas pessoas pode aborrecê-lo.
Ela fez uma breve pausa. — Tenho certeza de que seu tio e Gia serão capazes de garantir uma colaboração com o Sr. Moran. Você pode esperar até que seu programa termine de ser exibido e sua popularidade atinja o pico antes de conhecê-lo.
Andrew considerou isso e concordou que fazia sentido. Ele acabara de começar a ganhar reconhecimento, e seria mais vantajoso conhecer o Sr. Moran quando estivesse no auge de sua fama.
Então, ele sentou-se novamente. — Tudo bem, irei na próxima vez.
Regina sorriu. — Isaac, você deve levar Gia e apresentá-la adequadamente ao Sr. Moran.
Como mulher, ela podia facilmente ler as intenções de sua filha. E ela achou que era uma boa ideia! Sua filha era tão excepcional que merecia um homem como o Sr. Moran. Quanto a Lucas e a Família Harper, eles não eram nada comparados ao Grupo Moran.
Isaac, ansioso para conhecer o Sr. Moran, não queria se atrasar. — Ok, vamos agora.
Com apenas um minuto de sobra antes das nove horas, pai e filha chegaram, ligeiramente ofegantes, à suíte privativa no último andar do clube. Cada suíte neste andar tinha seu próprio elevador, garantindo privacidade. Qualquer pessoa que pudesse pagar por uma suíte aqui certamente era abastada.
Neste ponto, Isaac estava confiante de que a pessoa que o havia convidado era realmente o Sr. Moran, ou pelo menos alguém que não representaria uma ameaça à sua segurança.
Louis Connor, o secretário do Sr. Moran, já estava esperando na entrada da suíte. Vendo Isaac, ele olhou para o relógio e disse calmamente: — O Sr. Moran está dentro. Você pode entrar.
Com isso, ele abriu a porta apenas o suficiente para uma pessoa passar.
Isaac espiou para dentro. A sala estava mal iluminada, com música suave tocando, tornando difícil discernir o interior. Ele hesitou por um momento e apresentou: — Sr. Connor, esta é minha filha, Gia. Ela tem alguns negócios que gostaria de discutir com o Sr. Moran. Ela poderia se juntar a nós?
— Não — respondeu Louis impassivelmente. — O Sr. Moran pediu especificamente para encontrá-lo sozinho. Ele não verá mais ninguém.
Isaac perguntou: — Você poderia ao menos mencionar isso ao Sr. Moran?
Louis o interrompeu. — Você pode entrar sozinho ou sair imediatamente.
Isaac se sentiu um pouco humilhado, mas não ousou protestar. Ele se desculpou com Gia: — Gia, vou entrar primeiro. Por favor, espere aqui.
Gia mordeu o lábio, lutando para manter a compostura. A porta estava aberta, então o Sr. Moran provavelmente podia ouvir a conversa deles, mas permaneceu em silêncio, indicando que não queria vê-la.
Por que ele não queria conhecê-la? Ela era bonita, tinha apenas dezoito anos, e sob a luz suave do corredor, devia parecer uma rosa recém-desabrochada, cativante e radiante. Como ele poderia não estar intrigado?
Ela ansiava por correr para dentro da suíte e deixar o Sr. Moran ver o quão encantadora ela era de perto. Mas ela se conteve, se controlando, e sussurrou para seu pai: — Vá em frente. Me apresente se houver uma chance.
Isaac assentiu e entrou na suíte. A porta se fechou atrás dele.
— Sr. Moran? — ele chamou cautelosamente, movendo-se lentamente para frente. — Sou Isaac Murphy.
— Sente-se — veio uma voz fria e magnética das sombras à frente.
A suíte era enorme, facilmente com mais de cem metros quadrados à primeira vista. Isaac seguiu o som da voz, dando vários passos à frente, mas ainda não conseguia ver onde o Sr. Moran estava sentado. Ele chamou suavemente novamente: — Sr. Moran?
De repente, um suave miado ecoou, e duas luzes verdes apareceram na escuridão à sua direita.
Assustado, Isaac recuou, quase perdendo o equilíbrio. Felizmente, era apenas um gato com grandes olhos verdes brilhantes.
No mesmo momento em que viu o gato de olhos verdes, ele finalmente avistou o homem sentado no sofá.