A brisa noturna soprava suavemente pela sacada do quarto de Yuna, carregando consigo o aroma delicado do jasmim que florescia no jardim logo abaixo. O céu estava limpo, salpicado de estrelas que brilhavam como pequenos faróis no vasto azul escuro. O colchão macio estava estendido sobre o piso de madeira, coberto por um lençol branco e algumas almofadas espalhadas de forma despretensiosa. Elas estavam curtindo um momento de paz, nos braços uma da outra. As duas, levemente, embriagadas pelo vinho.
Zaria estava deitada no ombro de Yuna, ambas encarando o céu silenciosamente, como se cada estrela trouxesse consigo um segredo antigo. Desde que haviam ficado juntas, havia um entendimento implícito entre elas, no qual nunca precisou ser explicado em palavras. O carinho, a cumplicidade, os olhares prolongados – tudo falava por si. A cada momento que compartilhavam, a conexão ficava maior.
Yuna virou a cabeça para encarar Zaria, um pequeno sorriso brincando em seus lábios.
— No que está pensando? — sua voz veio suave, um sussurro que se misturou ao vento.
Zaria piscou lentamente, ainda absorta nos próprios pensamentos antes de se virar para encarar Yuna.
— Em você — admitiu, sua voz saindo em um tom baixo, mas carregado de sinceridade.
Yuna sorriu, seus olhos brilhando como se fossem feitos das mesmas estrelas que adornavam o céu acima delas. Ela ergueu a mão e deslizou delicadamente pelos fios loiros de Zaria, sentindo-os sedosos sob seus dedos. A cantora fechou os olhos ao toque, seu coração martelando dentro do peito.
Era uma presença confortável, um espaço onde apenas sentimentos eram necessários para se comunicar. Yuna era calmaria, vivacidade e suporte. Ela dava tudo o que Zaria nunca teve em um relacionamento: a encorajava a ser melhor todos os dias, e tinha uma fé absurda nela. E isso alavancava ainda mais seus sentimentos por ela.
Yuna se inclinou um pouco mais, sua respiração quente acariciando o rosto de Zaria. A proximidade fez a cantora despertar do seu devaneio, seu corpo se tornando consciente de cada centímetro entre elas. Era uma dança delicada de vontades não expressas, mas sentidas de forma avassaladora.
Então, como se o tempo parasse, seus lábios se tocaram.
Foi um beijo lento, exploratório, carregado de tudo que haviam segurado até aquele instante. Zaria suspirou contra os lábios de Yuna, sentindo-se entregue ao momento, ao calor, à doçura do toque. Yuna aprofundou o beijo, sua mão deslizando pelo corpo de Zaria, puxando-a um pouco mais para perto.
Os dedos de Zaria deslizaram pelo rosto de Yuna, sentindo a suavidade da pele, a curvatura delicada da mandíbula. Quando o ar se tornou necessário, elas se afastaram, suas testas encostadas, enquanto recuperavam o fôlego.
— Vamos tentar... — Zaria sussurrou, sua voz irregular pela intensidade dos beijos. Yuna tinha os olhos escuros, carregados de desejo.
— Tem certeza, amor? — Yuna queria dar aquele passo especial, com a plena certeza de que Zaria se sentia pronta.
Zaria respondeu com outro beijo. Sentando no colo de Yuna, a atriz, por baixo, teve mais facilidade nos movimentos. Retirou com cuidado o cropped preto que Zaria usava, deixando-a apenas de sutiã. Ela começou a distribuir beijos arrastados, do pescoço até a clavícula. Zaria tinha os olhos fechados, sentindo cada toque.
Seu corpo estava em chamas. Sem esperar, Yuna passou as mãos por suas costas, para alcançar o fecho do sutiã, que se desfez em seus dedos, revelando uma visão maravilhosa dos seios despidos e pequenos de Zaria.
— Você é espetacular... — Ela se inclinou e roubou um beijo.
Em seguida, sugou o seio direito, pegando Zaria de surpresa e a fazendo arfar. A sensação de ter Yuna explorando seu corpo a deixava em êxtase. Ela reagia a tudo. Zaria passou os braços por cima dos ombros dela, impulsionando os movimentos que Yuna fazia. Ela se deliciava, sorrindo diante da resposta de Zaria, seu polegar traçando pequenos círculos na pele exposta.
De forma ágil, ela inverteu as posições, ficando por cima. As duas começaram mais uma sessão de beijos quentes e intensos. O álcool ajudava a inibir qualquer timidez. Yuna estava completamente absorta na sensação de provar Zaria. Doce e delicada. Ela voltou a distribuir beijos, agora na barriga lisinha. Zaria usava um short fino de algodão, que logo foi retirado, deixando-a apenas de roupa íntima.
— Você vai me matar... — disse Zaria entre suspiros. Fazer amor com uma mulher era muito mais intenso. Ela nunca sentiu nenhuma dessas sensações com Hunter. Nenhuma vez. Yuna a estava deixando louca.
— É você quem está me matando... Sendo tão gostosa assim. Eu não consigo me concentrar em apenas uma coisa... Quero experimentar cada pedacinho de você.
Yuna retirou com delicadeza a última peça de roupa que faltava. Ao tocar com a língua úmida e quente sua área sensível, Zaria gemeu baixinho. Aquilo ia além do que ela tinha esperado. A sensação de se perder nos lábios de alguém era indescritível, e Yuna sabia exatamente o que estava fazendo – com lambidas profundas e ritmadas, estava levando a cantora à loucura.
Ao finalizar, ela sorriu satisfeita, voltando a ficar por cima dela, enquanto encarava seu rosto vermelho. Zaria respirava com dificuldade, tentando estabilizar a própria respiração.
Yuna voltou a beijá-la, desta vez com mais calma. O beijo era uma mistura de desejo e ternura, um equilíbrio perfeito entre paixão e amor. Zaria se entregou completamente, suas mãos explorando os ombros e braços de Yuna, sentindo cada pequena reação ao toque.
Yuna a olhava com uma intensidade arrebatadora. Cada toque seu parecia uma promessa silenciosa de amor e devoção. Foi naquele momento, no ápice da entrega, que Zaria deixou escapar a verdade que guardava há tanto tempo.
— Eu te amo. — Sua voz saiu carregada de emoção, quase um sussurro entre os beijos. Seus olhos brilhavam, e seu corpo tremia – mas não de hesitação, e sim de certeza. — Eu te amo desde os tempos de trainee, Yuna. Desde sempre...
Yuna parou, os olhos fixando os dela, como se absorvesse cada palavra. Então, um sorriso carregado de amor surgiu em seus lábios antes de ela puxar Zaria para um beijo profundo, um que dizia tudo sem precisar de mais nada.
— Eu também te amo. — Yuna sussurrou contra sua pele, distribuindo beijos pelo rosto corado de Zaria. — Sempre soube que um dia você perceberia isso.
O tempo parecia perder a importância. Apenas existiam elas duas, envolvidas naquele momento único. Zaria se encontrou deitada sob Yuna, seus corpos alinhados de forma perfeita. Os lábios de Yuna traçaram um caminho pelo maxilar de Zaria, descendo lentamente pelo pescoço, arrancando um suspiro longo da cantora.
Zaria deslizou os dedos pela pele quente de Yuna, sentindo os músculos sob sua palma. Tudo parecia tão certo, tão natural, como se seus corpos tivessem sido feitos para se encaixar daquela maneira. Ela puxou Yuna para mais um beijo profundo, sentindo seu coração acelerar ainda mais.
Os lençóis se tornaram testemunhas silenciosas daquela entrega. Cada toque, cada sussurro, cada olhar compartilhado era uma confissão sem palavras. O desejo era palpável, mas havia algo mais forte que guiava seus movimentos – a certeza do que sentiam uma pela outra.
Naquela noite, sob um céu estrelado, Zaria finalmente se permitiu sentir tudo o que sempre temeu. Não havia medo. Apenas amor.