Após o anúncio das batalhas por Moriyama, Arthur observa seu oponente: Dakenno Sanzu. Um leve nervosismo o invade — afinal, além de Sanzu também usar uma espada, ele ainda é capaz de manipular a terra.
Sanzu começa controlando o chão ao seu redor. Partículas de poeira e pequenas pedras giram em torno dele, sendo atraídas para sua espada. Ele a reforça com os fragmentos, tornando-a mais resistente e parte para cima de Arthur.
Os dois iniciam uma troca intensa de golpes com suas espadas. A força de ambos é evidente, mas Sanzu, ao encontrar uma abertura, reforça ainda mais sua lâmina.
— Espada Petrificada!
Arthur tenta se defender, mas não é rápido o suficiente — o golpe o atinge em cheio, arremessando-o para longe.
— Aaarg... essa foi boa, hein. — diz Arthur, se levantando com dificuldade.
— Como conseguiu suportar esse golpe? Bah, tanto faz. Vou acabar com você de qualquer jeito. — responde Sanzu, confiante.
Arthur sorri e corre em direção a Sanzu.
— Disparo de Rochas!
Sanzu aponta sua espada e dispara várias pedras em alta velocidade. Arthur desvia de cada uma com agilidade, sem diminuir o ritmo.
— {Agora ele não escapa.} — pensa Arthur.
Ele segura sua espada com firmeza e tenta atingir Sanzu. O adversário bloqueia, mas percebe algo estranho: sua espada começa a rachar.
— {Quem ele pensa que é? Está destruindo minha espada... isso não deveria ser tão fácil.} — pensa Sanzu, surpreso.
Percebendo que gastar mana para reparar a espada seria inútil, Sanzu decide atacar diretamente com magia.
— Mão Rochosa!
Do chão surge uma enorme mão de pedra que acerta Arthur em cheio no abdômen. A mão, além de proteger, pode ser controlada temporariamente. Arthur é lançado para trás, mas consegue controlar a queda e aterrissa de pé.
— Você não desiste, não é? — diz Sanzu.
— Claro que não! Como eu desistiria de uma luta tão divertida quanto essa? — responde Arthur, animado.
Arthur corre novamente em direção a Sanzu, que repete o ataque:
— Disparo de Rochas!
Mas Arthur já entendeu como funciona. Ele destrói as pedras no ar com sua espada. No entanto, ao se concentrar nos projéteis, não percebe que a mão rochosa se aproxima por trás.
A mão tenta acertá-lo com um tapa, mas Arthur salta por cima dela no último instante — ela passa tão rápido que ele só vê um borrão.
— Você vai provar o poder da nobreza, Arthur! — grita Sanzu.
A mão tenta socá-lo, agarrá-lo, esmagá-lo — mas Arthur desvia de todos os ataques com velocidade e precisão.
— {Droga... preciso fazer alguma coisa. Não posso envergonhar minha família. Não posso perder para um verme desses.} — pensa Sanzu, cada vez mais irritado.
Enquanto Arthur se esquiva da mão, Sanzu se aproxima sorrateiramente por trás. Ele desfaz a mão rochosa, o que enche o ambiente de poeira, e concentra toda sua mana restante na espada — ele quer um golpe decisivo antes que sua mana acabe.
— Espada Petrificada! — ativa silenciosamente, com ainda mais força.
Arthur sente algo estranho. Ao se virar, é atingido em cheio. O corte vai do ombro até o abdômen. A força do golpe dissipa toda a poeira ao redor, e Arthur cai no chão, rachando parte da arena.
— {Agora eu venci.} — pensa Sanzu, convencido.
Moriyama se prepara para interromper a luta, mas antes que possa agir, Arthur se levanta.
— A-arg-g-g... hehehe... você é realmente incrível, Sanzu. — diz Arthur, ferido, andando com dificuldade.
— Você vai acabar se matando. Tem certeza de que quer continuar? — pergunta Sanzu.
— E-eu... — Arthur tenta responder, mas é interrompido por uma voz familiar.
— ARTHUR, VAMOS LÁ! EU ACREDITO EM VOCÊ! — grita Mia, ofegante, após correr da enfermaria para assistir à luta.
— Depois disso... você acha mesmo que eu posso desistir? — diz Arthur, sorrindo, ignorando a dor.
— AAAAAAH! — grita Sanzu, furioso.
Os dois voltam a trocar golpes com fúria. Arthur se lembra de seu treinamento na câmara de gravidade, e uma mecha vermelha, quase imperceptível, surge em seu cabelo.
Sanzu percebe uma abertura enquanto Arthur se distrai com a lembrança. Ele ataca com tudo, mas Arthur bloqueia com tanta força que ambas as espadas se quebram.
Sem armas, os dois partem para os punhos. Arthur é forte, mas não tem técnica em artes marciais. Sanzu aproveita isso e acerta vários golpes.
Ele se prepara para um soco direto no queixo de Arthur.
— {Agora acabou.} — pensa Sanzu.
Mas nesse exato momento, ele comete um erro. Arthur vê uma brecha. Ele desvia do soco, segura o braço de Sanzu com a mão esquerda, o puxa para baixo e acerta um soco direto no rosto, fazendo Sanzu desmaiar na hora.
— ARTHUR VENCE A PARTIDA! — anuncia Moriyama.
— ALUNOS, COMO SABEM, OS DOIS VENCEDORES DAS PRIMEIRAS LUTAS A TERMINAREM IRÃO PARA A FINAL. OS RESULTADOS FORAM: PRIMEIRA LUTA A TERMINAR — KIDERO VS AYAME, VITÓRIA DE KIDERO. A SEGUNDA FOI...
— {Espero que tenha sido a minha.} — pensa Arthur, ansioso (já que apenas os espectadores podiam ver todas as lutas simultâneas).
— ...SHIRŌ VS SHIORI. SHIRŌ VENCEU. ENTÃO A FINAL SERÁ KIDERO VS SHIRŌ. — conclui Moriyama.
Arthur se sente arrasado, mas também orgulhoso por ter dado tudo de si. Ainda assim, um gosto amargo permanece — ele queria estar na final.
— Sensei, eu não quero lutar contra meu amigo Kidero. Eu permito que Arthur lute no meu lugar. — diz Shirō, com um sorriso malicioso.
— Mas isso vai contra as regras. Não posso permitir. — responde Moriyama.
— EU PERMITO! — diz a diretora, surgindo de repente.
— {Ainda bem... se não, Kidero ficaria irritado comigo. De qualquer forma, eu já planejava deixar ele ganhar. Mas ele me pediu para deixar Arthur lutar — só quer se divertir um pouco com esse fracote.} — pensa Shirō.
— ATENÇÃO, ALUNOS! HOUVE UMA MUDANÇA DE ÚLTIMA HORA NAS REGRAS. A PRÓXIMA LUTA SERÁ KIDERO VS ARTHUR — MAS SERÁ REALIZADA AMANHÃ, COM A ARENA INTEIRA LIBERADA PARA ELES. — anuncia Moriyama.