Capítulo 32: Para as Masmorras

"Levem-na para as celas!"

O grito ecoou pelo salão, ricocheteando no piso de mármore e nos tetos altos. Centenas de rostos me encaravam, contorcidos de ódio e repulsa. Guerreiros seguravam meus braços com tanta força que eu sabia que hematomas apareceriam pela manhã.

"Eu não fiz isso!" gritei novamente, minha voz rouca de tanto repetir as mesmas palavras. "Por favor, me escutem!"

Ninguém escutou. Nunca escutaram.

A multidão se abriu enquanto eu era arrastada para frente. Através do mar de corpos, avistei Lilith ainda estirada no chão, com a mão protetoramente sobre o estômago, apesar da confirmação da curandeira de que não havia mais filhotes para proteger. Seus olhos encontraram os meus e, por uma fração de segundo, eu vi — triunfo, brilhando por trás da máscara de dor.

"Por favor!" A voz da minha mãe cortou o caos. Ela abriu caminho pela multidão, seu rosto marcado por lágrimas. "Minha filha jamais faria tal coisa!"

"Silêncio, Ômega!" rosnou o Beta Malachi.