No momento em que entramos na clínica, senti o peso do olhar de cada membro da matilha. A mão de Kaelen pousou possessivamente na base das minhas costas, me guiando pela porta. Seu toque, nem áspero nem suave, queimava através do tecido fino da minha camisa.
"Sente-se," ele ordenou, apontando para a mesa de exame.
Fiz como me foi dito, observando-o vasculhar os armários em busca de suprimentos. O hematoma na minha bochecha latejava levemente, uma lembrança da raiva de Logan. Não era a pior dor que já havia suportado, nem de longe, mas algo sobre esse ferimento em particular havia desencadeado a fúria de Kaelen como nada que eu tinha visto em anos.
"Fique parada," Kaelen murmurou, aproximando-se com uma compressa fria.
Seus dedos roçaram minha mandíbula enquanto ele aplicava a compressa na minha bochecha. Estremeci levemente com a sensação fria.
"Está doendo?" ele perguntou, sua voz estranhamente baixa.
"Não," menti.