Eu deveria ter percebido que a "doença" de Lilith era apenas mais uma manipulação. O modo como seus olhos brilhavam de satisfação quando meus irmãos correram para ajudá-la me deixou enojado. Agora, parado no quarto dela com Kaelen gentilmente colocando-a na cama, eu observava enquanto ela continuava a farsa.
"Obrigada por me trazer aqui," ela sussurrou, sua voz fraca e ofegante. Ela estendeu a mão para Kaelen. "Fiquei tão assustada quando me senti tonta."
O rosto de Kaelen, geralmente suavizado perto de Lilith, permaneceu frio como pedra. Eu conhecia aquele olhar. Ele havia chegado ao seu limite.
"Por que você permitiu ficar grávida, Lilith?" ele perguntou, sua voz estranhamente calma.
A pergunta pairou no ar como um trovão. Os olhos de Lilith se arregalaram, sua atuação vacilando por um breve momento antes de se recuperar.
"O que você quer dizer?" ela perguntou, sua mão flutuando até seu estômago. "Pensei que ficariam felizes. Um de vocês será pai."