Capítulo Um
Já era noite quando seu conselheiro falou que as cartas foram devidamente entregues e respondidas é que de manhã as duas jovens iriam chegar junto com a escolta dos seus reinos.
Agora se encontrava no quarto de sua filha sentado num divã branco debaixo da grande janela com vista para a pequena vila onde ficava o castelo e o horizonte depois desta, sua pequena tivera uma recaída e agora se encontrava num sono profundo em cima daquela grande cama com dossel de tecidos brancos e debaixo dos lençóis de seda de mesma cor, o estado de saúde da princesa Clarissa estava a cada dia pior Cristiano temia que se os jovens que irá mandar atrás da estrela de fogo não à achassem rápido sua menina não teria muito mais tempo de vida.
– Papai - chamou sonolenta - o senhor está aqui ? - indagou abrindo os olhos devagar para se acostumar com a claridade que as tochas proporcionavam ao local.
– Estou aqui minha princesinha - correu para o lado de sua filha e lhe segurou a mão - está se sentindo melhor ? - perguntou preocupado.
– Estou sim pai - virou seu rosto na direção do pai - é não precisa mais me chamar de "princesinha" pai, já tenho dezenove anos - riu fraco e o pai acompanhou.
– Nem se já fosse casada e com filhos eu deixaria de te chamar de minha princesinha - sorriu de leve - você sempre vai ser meu bem mais preciso meu bem.
– Eu também te amo papai - apertou um pouco a mão do pai - como está indo a econo... - tossiu levando uma mão a boca - a economia.
– Não se force tanto meu anjo - passou a mão livre nos cabelos rosas da filha - mas respondeu sua pergunta, a economia do reino melhorou muito depois que começamos a comercializar mais alimentos e bebidas com o Tack.
– Alimentos? Mas para que eles usam alimentos terrestres ?
– Usam para as expedições fora d'água, ultimamente estão fazendo muitas "missões" perto da fronteira com a floresta troll, alguns trolls e ogros estão causando problemas com uma vila do Tack que está perto daquela região - soltou a mão da filha, parou o carinho em seus cabelos, segurou o rosto de Clarissa com as duas mãos e depositou em beijo em sua testa - agora que sei que já está melhor preciso ir, tenho que resolver um problema junto ao seu tio - se levantou e teve o pulso segurado pela rosada.
– Tome cuidado, o senhor sabe que eu não gosto quando sai para resolver esses tipos de coisa com meu tio, na ultima vez que saiu voltou quase morto - estava extremamente preocupada, quando Cristiano saia junto ao general não era qualquer coisa.
– Eu vou tomar todo cuidado do mundo - ela o soltou e ele acariciou a mão clara - só vou visitar a vila vizinha, você sabe que e perto, não estamos mas em guerra como na ultima vez - abaixou e beijou-lhe a testa - volto antes de você acordar novamente - ela apenas acenou com a cabeça, se virou andando pera porta e saiu, Clarissa depois de um tempo olhando para a janela deixou o cansaço a levar e adormeceu novamente.
Reino de Asteria - Castelo de Sirmione
– Senhora - Sebastian chama sua rainha que estava concentrada no delicioso bolo de morangos - não querendo ser intrometido, mas acha mesmo prudente enviar sua filha para uma missão dessa espécie ?
– Meu caro Sebastian, Athena tem total capacidade e força para que eu a deixe ir ajudar minha sobrinha - disse tirando sua atenção da sobremesa para olhar seu conselheiro encostado no batente da porta da cozinha com os braços cruzados.
– Eu sei da capacidade dela e dos poderes, mas ainda e muito arriscado enviar a próxima herdeira ao trono para uma tarefa com risco de morte - andou até Melissa que estava encostada na grande mesa de madeira olhando atentamente seus passos - eu como seu conselheiro preciso dar minha opinião e te guiar para a melhor das opções - colocou um braço de cada lado do corpo da de cabelos lilases e selou leve seus lábios nos dela.
– Eu sei, mas ele quer os melhores para salvar a Clarissa e eu não vou deixar de ajuda-lo - abraçou o pescoço do moreno quando este segurou sua cintura - ela já tem 18 anos, ela sabe se cuidar, ela vai estar junto com Aurora e Mike, eles sabem se defender, não se preocupe.
– Vejo que já perdi essa disputa - segurou com força suas coxas e a sentou na mesa - mas tem outra que eu posso ganhar - beijou-lhe na curva do pescoço.
– A gente está na cozinha Sebastian - levou a mão ao cabelo platinado do conselheiro - para e subimos para o meu quarto - ele ainda insistia em ficar a instigando e ela falha miseravelmente em afasta-lo.
– A gente nunca fez na cozinha majestade - a deitou sobre a mesa e atacou os lábios desejosos da rainha...
Reino de Margianni - Castelo de Montaigne
– Querido - sentou na cama usando um fino lençol para cobrir sua nudez e olhou para o marido deitado - acha que a Aurora vai conseguir lidar bem com os poderes dela fora d'agua ?
– Não tenho certeza Dianne - fitou os lindos olhos perolados da sua rainha - ela ainda não tem total controle da besta mas ela e forte, acredito que ela vai conseguir passar por cima desse problema - puxou a esposa para deitar a cabeça no seu peito descoberto.
– Tem razão, ela sempre conseguiu evoluir em tudo que faz, que os deuses abençoem Cristiano e a princesa Clarissa, será uma dadiva se eles conseguirem achar aquela "estrela de fogo", aquela criança não merece ter seu destino selado tão cedo - passava os dedos nos músculos da barriga de Tack enquanto ele acariciava seus cabelos brancos como a neve.
– Agora só podemos pedir a Poseidon e os outros deuses que abençoem a jornada dos três - disse o de cabelos anil antes de roubar um beijo da amada - vamos de novo ? - sorriu ladino.
– Pelas barbas de Merlin, me casei com um pervertido ! ...
Reino de Cartoza - Vila de Quindate
O sol já marcava que era nove horas da manha, no portão da vila um rapaz de cabelos cor de carvão e pele morena esperava as escoltas que já podiam ser vistas uma trazendo uma menina de pele clara e longos cabelos brancos e a outra que trazia uma menina com pele mais morena e cabelos violeta curtos na altura do ombro, quando perto do rapaz elas o cumprimentaram.
– Mike, é um prazer revelo - disse a albina.
– O prazer e meu Aurora - respondeu e olhou para a ametista - Athena quanto tempo, e bom revela.
– Digo o mesmo cabeça de jegue - disse o apelido de infância fazendo com que os três rissem.
– E a Athena piadista retorna, vamos vou mostrar os seus aposentos no castelo.
As escoltas retornaram pelo mesmo caminho que vieram e os três amigos de infância rumaram para a entrada da vila, que para as duas garotas que ficaram cinco anos sem visitar o reino onde seus amigos viviam, estava maior e mais bonita do que lembravam.